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Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Ensayos

versión On-line ISSN 1853-3523

Resumen

CHALKHO, Rosa. Las figuras femeninas y su representación musical en la película Safo, historia de una pasión (1943). Cuad. Cent. Estud. Diseñ. Comun., Ensayos [online]. 2021, n.91, pp.146-166.  Epub 10-Ago-2021. ISSN 1853-3523.  http://dx.doi.org/10.18682/cdc.vi91.3832.

O artigo propõese estudar a relação entre a música e as figuras da mulher representadas no filme Safo, história de uma paixão dirigida por Carlos Hugo Christensen. O diretor inaugura uma mudança na cinematografía da época ao introduzir no início da década do '40 temáticas audaciosos como o erotismo, as paixões turbulentas, o suicídio, as traições ou o divórcio.

O encarregado da música é George Andreani, um compositor nascido em Varsovia em 1901 formado musicalmente em Berlim, Viena e Praga, e que dantes de chegar à Argentina fugindo do nazismo, já tinha composto numerosas bandas musicais e recebido prêmios em Checoslovaquia e França. A partir do filme O inglês dos güesos (1940), Christensen e Andreani formam um tándem estreito entre diretor e compositor, como fica evidenciado nos mais de vinte títulos nos que trabalham juntos.

A coesão composicional da música está baseada fundamentalmente no uso do leitmotiv de impronta wagneriana que se apresenta associado às personagens de Selva, a femme fatal, Irene a adolescente ingénua e Teresa, a tia santa. Em forma paralela à construção musical das personagens, a banda musical aderese ao arco dramático sublinhando os climas e emoções. Andreani maneja a orquestração com perícia através de um uso rico e contrastante da paleta tímbrica, explodindo os recursos das linguagens romântico e pós-romântico.

A personagem de Selva (a femme fatal) interpretado por Mecha Ortiz está sócio leitmotívicamente a um vals lento e pastoso, trabalhado com ritmos apuntillados e com a melodia a cargo das cordas, tocada com portamentos connotando a sensualidade e densidade desta mulher experimentada. É o motivo mais desenvolvido ao longo do filme e o que sofre as maiores transformações. Sua progressiva ruptura e fragmentação construída mediante contrastes de registro, orquestração e ritmos, gera a variedade de climas conforme a trama se tensiona.

Em contraste, o motivo musical de Irene (a ingênua) interpretado por Mirtha Legrand é elegante e brilhante, sócio ao tópico musical do minuet. A trilha corrente apresenta um terceiro motivo, associado a Teresa (a tia do protagonista) construído em base ao tópico da “manhã”, de carácter pastoral e bucólico não só representa à personagem senão também ao espaço rural idílico e católico.

Uma das descobertas do trabalho é a relação entre os estereótipos de mulher que apare-cem nos filmes e seu trascendencia para além da tela na vida das actrizes, questão que se verifica na representação das estrelas do cinema nas revistas da época de maneira análoga às figuras que representam nos filmes, tanto nas fotografias como os textos e entrevistas.

O artigo leva a abordagem no enfoque teórico à teoria de gênero, em particular, aos aplicativos desta perspectiva para estudar o cinema e a música, como o trabalho pioneiro de Laura Mulvey para o cinema clássico (Mulvey, 2001), o livro germinal de Susan McClary que aborda a música desde uma musicología feminista (McClary, 2002) e os enfoques mais recentes de Pilar Ramos López (Ramos López, 2003) e Laura Viñuela (Viñuela Suárez, 2003). Para a abordagem da análise musical consideramos à Teoria Tópica, (Ratner, 1980) que permite desvendar a construção do sentido musical através dos tópicos como unidades discursivas que cobram sentido num contexto sociocultural.

Metodologicamente, fizemos um cruzamento entre as ferramentas da análise musical com a análise de filmes cruzados com o marco teórico proposto e complementado com fontes documentais como entrevistas e artigos de imprensa da época.

Palabras clave : Música cinematográfica; Cinema clássico argentino; Figuras femininas; Carlos Christensen; George Andreani; Leitmotiv.

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