SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.28 número1A BRIEF CRITICAL REVIEW OF SIGMODONTINE RODENT ORIGINS, WITH EMPHASIS ON PALEONTOLOGICAL DATAVALLE DE LAS CUEVAS AND FUERTE DE SAN RAFAEL (MENDOZA, ARGENTINA), TWO ELUSIVE TYPE LOCALITIES OF RODENTS REVISITED índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

  • Não possue artigos citadosCitado por SciELO

Links relacionados

Compartilhar


Mastozoología neotropical

versão impressa ISSN 0327-9383versão On-line ISSN 1666-0536

Mastozool. neotrop. vol.28 no.1 Mendoza mar. 2021  Epub 01-Dez-2020

 

ARTÍCULO

SEMBLANZAS

Ulyses F. J. Pardiñas1  2 

Carlos A. Galliari3 

1Instituto de Diversidad y Evolución Austral (IDEAUS-CONICET)

2Instituto Nacional de Biodiversidad (INABIO)

3Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores (CEPAVE-CONICET-UNLP)

ELIO MASSOIA QUE EU CONHECI

Fernando Dias de Avila-Pires

Diálogo entre Sócrates e Aristipo

Olha, eu, respondeu Aristipo não me coloco entre aqueles que estão na escravatura, antes me parece que vou por um caminho intermédio que tento seguir, sem ser através do comando ou da escravatura, mas, antes, através da liberdade que é o melhor dos caminhos para se ser feliz. (Xenofonte, As memoráveis, II,I)

Entre 12 e 24 de outubro de 1959 realizou-se o Primer Congreso Sudamericano de Zoologia em La Plata, Argentina. Participaram 327 delegados de 10 países, sendo 18 do Brasil. Um total de 268 trabalhos foram apresentados e publicados em cinco volumes de Actas.

Durante o Congresso fundou-se a Sociedad Sulamericana de Herpetologia, tendo eu, mastozoólogo, recém-graduado, representado o Brasil, pela ausência dos especialistas de brasileiros naquele momento.

Não existiam, então, computadores pessoais, tablets, internet, TV a cores, telefones celulares –e os telefones fixos, no Brasil, exigiam horas para se obter uma linha para discagem manual, as instituições oficiais designando um funcionário para aguardar, no fone, pela bendita linha– e não era garantido que a chamada se completasse ou que não fosse interrompida no meio da conversa. Telefonemas interurbanos, muito caros, podiam exigir um dia de espera, através de uma rede de telefonistas locais e internacionais. O mau funcionamento dos correios foi uma desculpa tacitamente aceita, uma vez que as cartas não chegaram, para justificar a falta de resposta. Periódicos demoravam meses para chegar às bibliotecas e a comunicação entre colegas era feita através do envio de carta e solicitação de separatas.

Solicitações e respostas demandavam, na melhor das hipóteses, um mês. A revisão taxonômica de um gênero podia demandar um ano, para que se conseguisse, em papel, ou fotocópias –em fotografia mesmo– e na inexistência de xerox, reunir todas as descrições originais das espécies do gênero. E os originais eram escritos em máquinas de escrever manuais, sem corretor, com uma ou duas cópias em papel carbono por segurança, antes de aparecerem as máquinas elétricas, com esferas para caracteres especiais e de custo elevado. De instrumentos para pesquisa, microscópio, lupa, paquímetro, bússola e binóculo. Fotografias eram caras. Inveja de Hershkovitz, com seus mapas detalhados para estabelecer os padrões de distribuição geográfica e seu ditafone, para registrar os dados de etiquetas, nas coleções museológicas visitadas e que nós copiávamos laboriosamente à mão.

Nessas condições, era mais fácil corresponder-se com os Estados Unidos e Europa do que com colegas do nosso continente. Este foi o grande mérito da iniciativa dos colegas argentinos ao organizar o Primeiro Congresso. Permitiu que nos conhecêssemos.

Não vale a pena descrever como nos deslocamos até Buenos Aires e La Plata para participar. Na época, não havia estrada asfaltada ligando Rio de Janeiro a Buenos Aires e era necessário obter passaporte e visto para entrada no país.

Na época, praticamente não havia um grupo etário intermediário entre os zoólogos do nosso continente: uma geração idosa e outra de jovens iniciantes. Resultou que, entre nós, aproximadamente da mesma idade, se firmasse uma amizade que perdurou pelo resto da vida. De alguns, vida muito curta como a do estimado uruguaio basco Muñoa, que me hospedou em Montevideo, onde passei alguns dias, após o Congresso.

Naquela ocasião conheci Massoia.

Foi minha estréia na permuta de material, que recebi em sua própria casa onde mantinha sua coleção particular. Viajei com uma mala comprada em segunda mão –a minha perdera a alça– cheia de peles e crânios, via Montevidéo.

Guardo uma eterna lembrança de Massoia: seu entusiasmo, empenho e dedicação extremos à mastozoologia, enfrentando dificuldades de toda sorte, mas sem esmorecer ou reclamar. Seu talento excepcional para observar padrões craniométricos que lhe permitiam diferenciar espécies que mais tarde seriam confirmados por outras técnicas, como morfologia do báculo e análise cromossômica. Na época, no Brasil, um parasitologista do calibre de Lauro Travassos nos criticava por “guardar peles e crânios e jogar fora os caracteres taxonômicos”, e Simpson que reclamava brincando que nós “classificávamos dentes e não animais”.

Preservo carinhosamente suas cartas, algumas escritas à mão em folhas de cadernos escolares, símbolos de uma amizade que persistiu malgrado a distância e o tempo.

Talvez a falta de um grau universitário tenha sido o fator que lhe permitiu sobrepor-se aos poucos ocupantes dos cargos oficiais da época. Se Louis Pasteur tivesse estudado medicina não teria sido capaz de romper com as teorias vigentes, rigidamente defendidas, e revolucionando a ciência médica. Por outro lado impôs a Massoia uma batalha constante contra a velha geração e a burocracia estatal, condenando-o a uma busca incessante de meios para sobreviver.

E, como Aristipo, buscou e seguiu o caminho da liberdade.

SEMBLANZA DE MASSOIA

Enrique M. González Museo Nacional de Historia Natural, Montevideo, Uruguay.

<emgonzalezuy@gmail.com>

Un profesor... nunca logra saber dónde termina su influencia

Henry Adams (Historiador, EE. UU.)

Unos meses después del fallecimiento de Elio vio la luz la Guía de campo de los mamíferos de Uruguay (González 2001). Al final de los agradecimientos, le dediqué estas palabras: “Y por último [agradezco a] Elio Massoia, un veterano increíble que nos dejó pocos meses antes de la edición de esta guía. Me gustaría, Elio, haber llegado a tiempo a tu cuartito del Museo Argentino de Ciencias Naturales, y que hubieras encontrado un momento entre tus locuras (como siempre encontraste para mí y para cualquier otro joven que fuera a visitarte interesado en el estudio de los mamíferos) para charlar por última vez. No pudo ser, pero aquí está lo prometido la última vez que nos vimos: aquí está la guía”.

Indica el diccionario que una semblanza es una “descripción física o moral de una persona, generalmente acompañada por una breve biografía”. Estas líneas no pretenden ser biográficas; su vida ya ha sido reseñada (Pardiñas & Bertonatti 2001; Contreras 2019). Así que nos quedaremos con la parte de la descripción moral, más que breve y con algunas anécdotas sobre la relación que mantuvimos –como maestro/discípulo y como amigos– que pretenden ser apenas someras pinceladas en su retrato.

Conocí a Elio una mañana de otoño de 1992 en el barrio de Castelar. Le había telefoneado antes de salir de Montevideo y me citó en un café cerca de su casa. Hacía poco tiempo, el INTA había prescindido de sus servicios y estaba esperando la posibilidad de pasar a trabajar en el Museo Argentino de Ciencias Naturales (MACN). Era uno de los períodos más difíciles de su vida. Y yo llevaba algo que a él le encantaba: una caja con pieles y cráneos de ratones para intercambiar. A partir de ese día nos hicimos amigos. Y con el correr del tiempo trocamos numerosos materiales mastozoológicos de nuestros respectivos países. Mostraba un entusiasmo por el canje comparable al de los niños con los álbumes de figuritas.

Ese mismo año me radiqué seis meses en Buenos Aires, donde residía mi pareja en ese entonces, y dos o tres veces por semana pasaba unas horas con Elio en el MACN, conversando, revisando bibliografía, analizando bolos de lechuza o estudiando cráneos y pieles de mamíferos. Él tomaba mate dulce y, con la misma pava con la que iba cebando, echaba agua sobre los bolos que íbamos a revisar, colocados sobre un nylon grueso arriba del escritorio. Al principio me recibía en una sobria oficina, pero más adelante fue desterrado a un cuartito infame al cual se accedía por los fondos del museo.

A él le gustaba que lo invitaran al café y así cruzábamos cada día un rato al bar que hay frente al Bernardino, donde la bebida, muy sabrosa y servida en pocillos pequeños, venía acompañada con masitas, que hacían las delicias de Elio y también las mías. Allí la conversación derivaba frecuente- mente por senderos que se alejaban de la ciencia. Contábamos anécdotas, comentábamos aspectos de las vidas personales y, no pocas veces, Elio dejaba asomar sus originales ideas religiosas y esotéricas: se decía creacionista y aseguraba no solo creer en la reencarnación, sino haberla vivido. Nunca supe a ciencia cierta cómo interpretarlo cuando me hablaba sobre sus vidas pasadas, tendía a creer que solo se divertía burlonamente con su interlocutor de turno, matizando con puteadas, generalmente dirigidas a burócratas y políticos, y argumentaciones apasionadas relativas a algún tema mastozoológico. Cuando salíamos del bar, prendía un cigarrillo y me decía “Perdóname uruguayo, yo soy porteño hasta la médula, y los porteños somos muy de putear...”. Y allá volvíamos al museo a seguir con los ratones.

En cierta ocasión tuve oportunidad de mostrarle que había sacado provecho de sus enseñanzas. En 1991 Elio publicó una nota en APRONA1 sinonimizando Thomasomys pictipes con Oligoryzomys flavescens (Massoia et al. 1991). Durante una de mis visitas, en 1995, le pedí que me mostrara esa nota. Buscó entre las APRONA que tenía más o menos organizadas por ahí y abrió la que correspondía. “Te voy a mostrar –le dije– que esto que publicaste acá está equivocado”. Le señalé la fosa mesopterigoidea en la foto del holotipo de T. pictipes. Se quedó mirándola con desconfianza. “¿Qué tiene?” –preguntó–. “Que el paladar de los orizominos es largo –le respondí– y el de los thomasominos es corto... y este, es corto”. Miró nuevamente. Fue abriendo los ojos bien grandes, se agarró la cabeza y empezó a menearla “¡Noooo!...

¡Me embromaste, uruguayo, me re embromaste!” No podía creer que se le hubiera escapado ese “detalle”. Seguía agarrándose la cabeza y sacudiéndola. “¡Tenés razón, nos mandamos terriiible metida de pata!” Y haciendo como que se mordía las uñas en un gesto cómico, agregó –no sabía si reírse o llorar– “¡Ahora tenés que invitarme al café, hijo de la gran siete!” Cuando salíamos “a festejar” dio unos pasos atrás y, tomando la revista, dijo: voy a llevarme esta APRONA para seguir mirándola, porque todavía no lo puedo creer... Poco después, junto a Juan C. Chebez (Chebez & Massoia 1996:198), en el libro Fauna misionera reconocería explícita y caballerosamente el error, consignando, en el párrafo correspondiente a pictipes, “la especie es considerada válida y frecuente en Brasil (comunicación oral del mastozoólogo uruguayo Enrique González). El tratamiento de ella en el género es sumamente dudoso... lo que obliga a invalidar lo expresado en un trabajo anterior”.

El hecho de que Elio hubiese advertido la gran semejanza de pictipes con un Oligoryzomys fue uno de los elementos que me llevaron a investigar la especie, presentar un resumen en unas jornadas de SAREM (González & Patterson 1999) y luego describir el género Juliomys (González 2000), dedicado a Julio Contreras. Dicho género, al cual se han agregado, hasta ahora, tres nuevas especies (González et al. 2015; Christoff et al. 2016), no se denominó Eliomys porque ese nombre genérico está pre-ocupado2 ... y Massoiamys3 no “sonaba” tan bien como Juliomys. Y dado que ambos investigadores, a quienes tuve el gusto de tratar, fueron, desde mi punto de vista, piedras angulares de la mastozoología argentina del siglo XX, terminó decidiendo la fonética (desde entonces, varios estudiantes y mastozoólogos de nombre Julio se han puesto “juliomys” como parte de su dirección de e-mail). Otro motivo que me inclinó a ponerle ese nombre, aunque no se dice en la etimología, es que fue el investigador brasileño Julio César Voltolini quien me prestó los ejemplares de la especie colectados por él que me permitieron estudiarla en detalle, por lo que sépase también homenajeado.

En sus últimos años, mucha gente acudía a ver a Elio llevando bolos de lechuza, fósiles, cráneos de diversos mamíferos y hasta arañas, en las cuales se interesó al final de su vida. Él, a cambio, encontraba tiempo para sus colaboradores y trabajaba con todos y cada uno, enseñando, publicando en coautoría y fomentando, de ese modo, el entusiasmo de numerosos estudiantes y naturalistas.

Si tuviera que destacar tres características de su personalidad, diría que era una persona entusiasta, dada a enseñar y generosa. La pasión que encendía en él la investigación se notaba a flor de piel. Y tenía, a no dudarse, esa rara virtud que entre los sistemáticos se conoce como “ojo taxonómico”. La paciencia y dedicación con las que trasmitía su conocimiento eran innatas. No creo que tuvieran que ver con el magisterio. Hay personas que son naturalmente buenas enseñando y en ello no influye demasiado su oficio. Massoia fue un profesor4 de Zoología, aunque la mayor parte de la comunidad académica, como es hasta cierto punto de esperarse, nunca haya estado dispuesta a admitirlo. Basta analizar su influencia. Sin butaca profesoral ni sueldo de tal, fue sin embargo más profesor que unos cuantos que andan por ahí. Y a su generosidad quisiera ilustrarla con dos ejemplos: el primero es que no tenía problema en que estudiaran su vasta y valiosa colección personal, ni en que le fotocopiaran la bibliografía (no era poca la que atesoraba, entre la cual se contaban muchas obras raras); el segundo fue el regalo que me hizo cuando le pedí una síntesis de lo que él creía que habría que estudiar sobre los micromamíferos de Uruguay.

Fig. 1 Esquema de puño y letra de Massoia confeccionado en 1993. Temas relacionados con micromamíferos que deberían investigarse en Uruguay. Nótese el detalle (no es un lapsus) de que su concepción mastozoogeográfica de la Mesopotamia argentina llegaba hasta la selva marginal de Punta Lara. No me cabe duda –por cómo era– de que Elio hubiera aprobado la decisión de compartir este documento con “la barra”. Su potencial heurístico radica en que, quienes quieran salir en busca de Bibimys en la costa uruguaya frente al Delta (ya lo hemos hecho, pero no es un ratón fácil de encontrar), investigar la sistemática de los Gracilinanus y los Ctenomys de Uruguay o buscar calurominos en el dosel de los bosques del río Yaguarón, tienen en el esquema de Massoia el consejo de un maestro en esas lides. 

Corría el año 1993. Se quedó pensativo. Inclinó la cabeza, tomó un papel y una birome que estaban sobre la mesa y comenzó a escribir y dibujar (Fig. 1). Fue desgranando explicaciones acerca de lo que, para él, eran preguntas de investigación a ser develadas en la Banda Oriental, o más bien a ambos lados del Plata. A medida que escribía disertaba sobre las especies y los géneros, sus distribuciones y sus problemáticas. Tan pronto dibujaba un detalle anatómico como marcaba localidades de registro, delineaba geonemias o señalaba influencias biogeográficas en un mapa esquemático. Varios de sus “vaticinios” han ido siendo corroborados (e.g., Voss & Carleton 1993; González & Massoia 1995; Hoffmann et al. 2002; Contreras & Teta 2003; D’Elía et al. 2003; D’Elía & Pardiñas 2004; D’Elía et al. 2008; Teta et al. 2017), mientras que algunos de los problemas que planteó entonces permanecen aún sin resolverse.

En noviembre de 2000 se le realizaba un homenaje en las Jornadas Argentinas de Mastozoologia en La Plata. Hacía un par de años que no nos veíamos. Nunca nos habíamos encontrado en unas jornadas de SAREM, no era ese nuestro ámbito habitual de comunión. En este caso él iba a ser el centro de la atención de todos, por unos instantes. Cuando llegué, estaba de pie en una esquina de un salón, paradójicamente solo, situación que evocaba su carácter de “outsider” y la poca sensibilidad (¿o el llano desprecio hacia el autodidacta?) de la comunidad mastozoológica que, al igual que a lo largo de la vida, había dejado al homenajeado librado a su suerte. Cuando me vio acercarme soltó un “¡Uhh, uruguayo!”. Lo felicité por el merecido homenaje, ante lo cual esbozó una mueca triste y nos dimos un abrazo. Durante un rato charlamos afablemente y le conté que estaba terminando la guía de campo de los mamíferos de Uruguay, de la que tanto habíamos hablado durante años. La idea de incluir en el libro dibujos de los cráneos de cada especie había sido suya. Cuando nos despedimos le dije que, en cuanto estuviera publicada, iba a tener el gusto de llevarle una. Agregué, con ironía, “probablemente figures en los agradecimientos”, ante lo cual se mostró contento y reconocido. Esa fue la última vez que nos vimos.

ELIO MASSOIA Y LA SOCIEDAD ARGENTINA PARA EL ESTUDIO DE LOS MAMÍFEROS (SAREM)

Jaime J. Polop Martín Güemes 575, Las Higueras, Córdoba, Argentina.

<jjpolop1951@gmail.com>

Me invitaron a escribir un texto sobre Elio Massoia en el 20 aniversario de su fallecimiento. Encontré la idea atractiva por dos razones; primero, me sentí halagado ante la posibilidad de que pudiera merecer esa distinción y, por otra, me anima un cálido respeto y afecto hacia la figura de Elio lograda en el compartir horas de conversaciones por temas de interés mutuo.

El escrito está orientado a aquellos que estén dispuestos a hacer el esfuerzo de evocación para entender la relación que se estableció entre Elio Massoia y la SAREM, tratando de evitar caer en “verdades aceptadas” y en la ingenuidad de idealizar personajes y situaciones. Es un intento de recrear y comprender, sin tener que interpretar y explicar.

Este escrito no es una reseña de la vida de Elio Massoia, ni el trazo de un perfil de su personalidad, ni una exégesis de su obra. Para ello recomiendo las lecturas del obituario escrito por Pardiñas y Bertonatti en Mastozoología neotropical, en el año de su fallecimiento, y el libro sobre la vida de Massoia escrito por Julio Contreras (2019), plasmadas ambas obras con un fino y logrado estilo literario.

Considero que hay situaciones, eventos, sucesos que ocurren en el seno de algunas instituciones y que en el momento que se producen no se pueden dimensionar, pero que en el devenir tienen fuerte influencia, marcando derroteros y signando el hacer a futuro. Siempre es interesante traerlas a reflexión, aunque sea por el solo hecho de entender lo sucedido y aprender de ello. Pueden ayudar a revisar situaciones, normas, comportamientos y actitudes, que se proyectan en el hoy y, por qué no, a futuro.

Hubo un período en la biología de nuestro país en el que floreció y predominó el talento para reconocer enormes cantidades de detalles y realizar descripciones y clasificaciones. La descripción desanclada de la teoría, como si aquella se bastara a sí misma. Este tipo de actividad proporcionaba a sus cultores un sentimiento de naturaleza, proporcionado por la observación directa de la vida en el campo.

En ese contexto, desde los años 60, Massoia fue una figura señera de la mastozoología argentina y un arquetipo de mastozoólogo. Logró su desarrollo y producción generalmente aislado, a pesar de su inserción laboral en el Museo Argentino de Ciencias Naturales "Bernardino Rivadavia.o en el INTA, no estando sometido a las normas de tipo institucional. Por más que le gustara departir, era un “solitario”, solían decir quienes más lo conocían. Era el “ojo del experto”, intuición y memoria. Tipólogo, empirista, naturalista y autodidacta, rótulos de los que el propio Elio se ufanaba, hasta en forma jactanciosa, y que otros utilizaban en forma peyorativa. El pensamiento de Elio estaba cercano al “retratar” e “inventariar” los componentes de la naturaleza. Para Elio, las cosas “eran”.

Entre muchos naturalistas, fue quien logró mayor visibilización, reconocimiento y notoriedad por sus capacidades, pero también despertó muchas tensiones y polémicas.

En los albores de la década del 80, para cualquier incipiente investigador de los mamíferos de nuestro país, y en particular de roedores o quirópteros, era insoslayable la referencia a sus publicaciones. Los grandes referentes de la mastozoología de esa época enviaban o aconsejaban a sus discípulos a que el material debía ser revisado por él: “andá a verlo a Massoia” te decían.

Simultáneamente, en esos tiempos, se venía gestando un cambio conceptual y metodológico en las ciencias que produjo fuertes posicionamientos, modificando prioridades, temáticas, técnicas y demás. Esto fue penetrando fuertemente en las ciencias biológicas en Argentina a mediados del siglo pasado, haciendo aparición un nuevo modelo de ciencia. Es la ciencia de la evolución, de mecanismos, interacciones y contextos, de interpretaciones y explicaciones. Es una forma de acercarnos al mundo natural de un modo distinto, a apropiarnos de él nuevamente, pero esta vez por medio de una actividad en la que el concepto permite interpretar el objeto o el hecho, y no escrutar la naturaleza para que ella nos revele sus secretos.

Los comienzos de los años 80 estuvieron cargados de fuertes emociones en la vida de los argentinos; íbamos a empezar a salir del oscuro y sangriento período de la dictadura cívico-militar. Fueron años donde la casi mayoría de los ciudadanos estábamos unidos bajo una consigna: recuperar la democracia. De lo que la mayoría de los que la integrábamos no éramos totalmente conscientes todavía era de la heterogeneidad interna de pensamiento, acciones y actitudes que contenía ese universo renovador y de cuánto daño había quedado instalado en la vida comunitaria de la sociedad. Daño que luego cada uno fue procesando como pudo.

En general, los jóvenes se sentían con una fuerza que motorizaba o estimulaba a cambiar lo anterior, sumando a ello el regreso al país de investigadores con otras miradas y conocimientos. Estábamos en proceso de romper pensamiento, estilo y actitudes de una época y recuperar y elaborar los de una nueva. El retomar las diferencias y a esas diferencias convertirlas en más energía constructiva, en el reemplazo de la imposición por el debate, en el cambio de premisas, de sentido común, de reconvertir bienes simbólicos de las personas. Los ámbitos científicos no se constituyeron en campos que escaparon a las influencias de ese momento social. En algunos cultores de la biología germinó la necesidad de recrear un espacio institucional en el que se pudieran realizar trabajos colaborativos, solidarios, social y nacionalmente comprometidos, de personas interesadas en la biología de los mamíferos. Empieza a tomar forma la idea y a organizarse la SAREM. Como toda empresa humana, la SAREM debía funcionar con normas, las cuales debían elaborarse para regir ese espacio, y pensar acciones, y sus prioridades.

El hombre socializado genera ámbitos dilemáticos, y sobre todo en la comunidad científica, en la que se establecen relaciones de fuerza, luchas y estrategias, intereses y beneficios con formas específicas. Al decir de Bourdieu, los científicos tienen como finalidad la acumulación de capital simbólico (credibilidad científica). Esto significa mayor reputación (reconocimiento de pares), lo que debería traducirse en mayor facilidad y accesibilidad a fondos, captación de becas y becarios, invitaciones, consultas y distinciones honoríficas (dirección de institutos, departamentos, pertenencias a comisiones, comités de evaluación). Y así, La SAREM, como un espacio cooperativo, también significó un espacio competitivo. La SAREM es una empresa humana; no fue ni es algo impersonal, “pensamiento puro”. En su interior había hombres y mujeres que desarrollaban ciencia, pero que seguían siendo hombres y mujeres protagonistas del momento. Éramos seres humanos que compartimos debilidades y fortalezas comunes a nuestra especie.

Fueron épocas de situaciones tirantes y de varios enfrentamientos –académicos y políticos–; de definiciones sobre cómo y hacia dónde orientar SAREM. Se discutía con pasión, sin adherir a veces a los cánones de la lógica o el buen gusto, y otras, en la crítica para aconsejar e incluir, tratando de evitar que fuera lapidaria, humillante y excluyente. Hubo una búsqueda denodada por constituirse en una “comunidad” científica. Fue un espacio colectivo con extraños y complejos procesos internos en el plano científico y personal que discutió, reflexionó y buscó alternativas y modelos.

En el “aluvión” de nuevas ideas, empezaron a aparecer discusiones sobre lo que voy a llamar “criterios de demarcación”. Se enunciaron premisas no escritas que pasaron a ser axiomas para algunos: naturalismo o ciencia, doctorado o invisibilización, publicar preponderantemente en revistas extranjeras, CONICET o la nada. A ellas se sumaron las provenientes sobre la política científica de SAREM. Estas expresiones aglutinaron y separaron, formaron corrientes en la SAREM, y hubo quienes, para discutir algunos temas, cayeron en posiciones binarias, sin matices, desde la dualidad de los opuestos.

Por mencionar solo algunas, podemos recordar el impulso a abandonar lo puramente descriptivo para entrar en una fase teorética de investigación. Se expresaba, a modo de ejemplo, “que la descripción de los taxones se realice en el contexto de la sistemática contemporánea. . . y que sean publicadas en revistas de amplia distribución internacional y adecuado sistema de evaluación”. Esto último era urticante, ya que algunos sostenían que las contribuciones argentinas solo aparecían en revistas de distribución preponderantemente regional y en idioma castellano, factores ambos que dificultaban la incorporación de la producción científica nacional al ámbito de la ciencia internacional. Se solía expresar así: “es anacrónico que se sigan publicando diagnosis de nuevas especies de mamíferos en publicaciones de escasa difusión. . . ”

Fue una época en la que la mayoría de los cultores de la mastozoología, sin reconocerlo, tenían un pie en la descripción naturalista y el otro intentando meter baza en los problemas científicos, y se publicaba en revistas de idioma castellano. La mayoría de los jóvenes seguíamos con el qué es, cómo es, dónde están y cuántos son, adjudicándole más importancia “per se” a esos datos que a los que pudieran desprenderse de los marcos conceptuales.

Frente a un gran número de jóvenes que se “volcaban” a temas ecológicos, estaban quienes consideraban que era “quimérico dedicarse a las altas especulaciones ecológicas sin que se cuente con el conocimiento básico necesario como para lograr un nivel de aproximación válido a la realidad de la naturaleza”. Fue muy interesante.

Otras discusiones, que dejaban tela para cortar, se orientaban a definir si la ciencia era una actividad particular que debía protegerse de las influencias sociales, o pensar a la ciencia como una actividad humana, una parte más e importante del entramado social, como una institución social. Como un anexo a esto, todo un volumen llevaría describir las discusiones sobre la política a llevar en relación con los países desarrollados. Estaban quienes rechazaban la idea de los trabajos en colaboración con extranjeros bajo el supuesto de que ellos solo buscaban tener socios menores de nuestro medio que se subordi- naran a sus proyectos en Argentina. Había, en ese sentido, un claro rechazo a que los investigadores extranjeros se llevaran el material de nuestro país (cedido por investigadores argentinos o trampeados por los mismos extranjeros) y los describieran en su país de origen. Se buscaba legislar sobre ello y controlar la actividad, haciéndola menos liberal. En general, quienes sostenían esto lo hacían desde la percepción del desdén con que se consideraba a la contribución científica de los países de la periferia científica, por parte de los que pertenecen a las áreas centrales de la producción científica mundial.

La mayoría de estos temas deben haber afectado el ánimo, el ser y el hacer, de Massoia. Por otro lado, a muchos integrantes de esa “nueva corriente” en la mastozoología les era muy difícil encontrar coincidencias con Elio, quien en algunos temas se mostraba absorbente y absoluto en sus ideas. Sobre todo, si se considera que, por la forma de expresarse, se percibía que lo hacía con la intención de que los interlocutores aprendieran, y no que su planteo fuera para debatirse.

Al año de la fundación de SAREM, Massoia tenía algo más de 80 publicaciones de sus aproximadamente 240 finales sobre mamíferos. ¿Qué investigador de nuestro país podía dar cuenta de un número parecido de publicaciones sobre mamíferos de Argentina? Pensar en una posible sociedad que reuniera mastozoólogos vernáculos llevaba a presumir que la figura de Massoia destacaría y sería parte del riñón de esa sociedad. ¿Cómo comprender, entonces, su ausencia de la misma a pesar de ser el más profuso escritor de la especialidad en ese momento?

¿Le importó a Elio ser parte de SAREM? En un principio, aparentemente sí. Estuvo en la reunión de organización en junio del 83 y fue parte de vocalías de las Comisiones Directivas de los primeros años.

Finalmente, el entorno SAREM se hizo conflictivo para él y tomó la decisión de alejarse, actitud que ya había tomado anteriormente en su vida donde debía enfrentar personajes que lo agredían y marginaban, según Contreras (2019).

¿Fue autosuficiencia y sentirse seguro o capaz de poder trabajar en forma autónoma? ¿Pensó que en SAREM no se beneficiaba, o que estando en ella cambiaban sus motivaciones individuales? ¿Elio no estaba dispuesto o no podía ya cambiar?

Lo que mencionan quienes más lo conocieron es que Elio no estaba interesado o dispuesto a confrontar en campos ajenos a su competencia o frente a una carga teórica y nuevas técnicas, que venían imponiéndose en el campo de la taxonomía y sistemática. Para él “no tenían demasiado interés, salvo casos especiales, y que lo lógico era hacer las comparaciones que las ciencias zoológicas necesitaban”.

Debemos considerar también que es posible que estuviéramos en el inicio de una vida de retracción por parte de Elio por razones personales en la última etapa de su vida. En toda persona hay pensamientos, impulsos, acciones que solo comparten con el analista o se las llevan a la tumba, y los que quedamos intentamos comprender.

Muchos de quienes compartimos aquellos momentos seguramente vamos a diferir en las respuestas a esos interrogantes o en las preguntas. También puede haber quien quiera tomar otros hechos u otra forma de referir los mencionados. Más allá de todo, el de Elio fue un caso en el que hubiera resultado importante estimular acciones en torno de la comprensión, integración y mantenimiento de una persona cuyo conocimiento era trascendente.

Este repaso de esos eventos pasados es solo hurgar en mi memoria, y la memoria no es “la historia”. Debemos tener presente que la memoria no solo distorsiona sino también que inventa. Por eso me he ayudado con la revisión de los Boletines de SAREM y con el testimonio de algunos amigos colegas. Lo importante de mi búsqueda intenta reflejar pensamientos y situaciones que sean útiles para lograr la comprensión de la “ausencia” de Elio Massoia de un ámbito que era su natural pertenencia. Fue un hombre que tenía mucho para dar a los jóvenes de SAREM, y esa magia, en muchos casos, no se aprovechó en su potencial.

SAREM ha sido, y es, un ámbito de innumerables oportunidades para jóvenes iniciados en estas lides, para el establecimiento de relaciones académicas, para potenciar conocimientos, y más. SAREM, como sociedad y por los motivos que fuera, pudo desarrollarse en prescindencia de Elio Massoia, pero gran parte de la mastozoología vernácula necesitó para hacerlo del extenso y valioso legado de sus conocimientos. Vale también preguntarse cuánto más ricos hubiesen sido los resultados con Elio integrado y trabajando decididamente en ella.

Hace falta construir lecturas más holísticas de los procesos de nuestra comunidad científica, buscando la complementariedad de criterios y posiciones, permitiendo que las generaciones se incluyan con las ignorancias y sabidurías que todos sustentamos como profesionales y personas.

REFERENCIAS

B01 Chebez, J. C., & E. Massoia. 1996. Mamíferos de la Provincia de Misiones. Fauna misionera. Catálogo sistemático y zoogeográfico de los vertebrados de la Provincia de Misiones (Argentina) (J. C. Chebez, ed.). Ed. L.O.L.A. Buenos Aires. [ Links ]

B02 Christoff, A. U., E. M. Vieira, L. R. Oliveira, J. W. Goncalves, V. H. Valiati, & P. S. Tomasi. 2016. A new species of Juliomys (Rodentia, Cricetidae, Sigmodontinae) from the Atlantic Forest of Southern Brazil. Journal of Mammalogy 97:1469–1482. [ Links ]

B03 Contreras, J. R. 2019. Elio Massoia: su personalidad y su obra: ensayo bio-bibliográfico acerca del destacado naturalista argentino y su tiempo. Vazquez Mazzini Eds., UMAI y Azara F. de Historia Natural, Buenos Aires. [ Links ]

B04 Contreras, J. R., & P. Teta. 2003. Acerca del estatus taxonómico y de la localidad típica de Oxymycterus rufus (Fisher, 1814) (Rodentia: Muridae: Sigmodontinae). Nótulas Faunísticas (2da Serie) 14:1–5. [ Links ]

B05 González, E. M. 2000. Un nuevo género de roedor sigmodontino de Argentina y Brasil (Mammalia: Rodentia: Sigmodontinae). Comunicaciones Zoológicas del Museo de Historia Natural de Montevideo 12:1-12. [ Links ]

B06 González, E. M. 2001. Guía de campo de los mamíferos de Uruguay. Introducción al estudio de los mamíferos. Ed. Vida Silvestre, Montevideo. [ Links ]

B07 González, E. M., & E. Massoia. 1995. Revalidación del género Deltamys Thomas, 1917, con la descripción de una nueva subespecie de Uruguay y Sur de Brasil (Mammalia, Rodentia, Cricetidae). Comunicaciones Zoológicas del Museo de Historia Natural de Montevideo 182:1–8. [ Links ]

B08 González, E. M., J. A De Oliveira, & P. Teta. 2015. Genus Juliomys E. M. González, 2000. pp. 92-96. Mammals of South America, 2, Rodents (J. A. Patton, U. F. J. Pardiñas & G. D’Elía, eds.). The University of Chicago Press, Chicago and London. [ Links ]

B09 González, E. M., & B. Patterson. 1999. Un nuevo nombre genérico para Thomasomys pictipes Osgood, 1933 (Rodentia: Sigmodontinae). Resúmenes XIV Jornadas Argentinas de Mastozoología, Salta. [ Links ]

B10 D’Elía, G., E. M. González, & U. F. J. Pardiñas. 2003. Phylogenetic analysis of sigmodontine rodents (Muroidea), with special reference to the akodont genus Deltamys. Mammalian Biology 68:351–364. [ Links ]

B11 D’Elía, G., & U. F. J. Pardiñas. 2004. Systematics of Argentinean, Paraguayan, and Uruguayan swamp rats of the genus Scapteromys (Rodentia, Cricetidae, Sigmodontinae). Journal of Mammalogy 85:897–910. [ Links ]

B12 D’Elía, G., U. F. J. Pardiñas, P. Jayat, & J. Salazar-Bravo. 2008. Systematics of Necromys (Rodentia, Cricetidae, Sigmodontinae): species limits and groups, with comments on historical biogeography. Journal of Mammalogy 89:778–790. [ Links ]

B13 Hoffmann, F. G., E. P. Lessa, & M. F. Smith. 2002. Systematics of Oxymycterus with description of a new species from Uruguay. Journal of Mammalogy 83:408–420. [ Links ]

B14 Massoia, E., J. C. Chebez, & S. Heinonen-Fortabat. 1991. El estado sistemático de Thomasomys pictipes Osgood, 1933 (Rodentia Cricetidae). Aprona, Boletín Científico 19:17–18. [ Links ]

B15 Pardiñas, U. F. J., & C. Bertonatti. 2001. Elio Massoia (1936-2001). Mastozoología neotropical 8:93–102. [ Links ]

B16 Teta, P., R. González-Ittig, E. M. González, U. F. J. Pardiñas, & J. Salazar-Bravo. 2017. Notes on the taxonomy of Calomys laucha (Fischer, 1814), with the designation of a neotype. Mastozoología neotropical 24:419–429. [ Links ]

B17 Voss, R. S., & M. D. Carleton. 1993. A new genus for Hesperomys molitor Winge and Holochilus magnus Hershkovitz (Mammalia, Muridae) with an analysis of its phylogenetic relationships. American Museum Novitates 3085:1–39. [ Links ]

1APRONA, Asociación para la Protección de la Naturaleza, una ONG que creara Massoia y colaboradores y que publicaba un bole- tín ocasional, de tirada minúscula, donde aparecieron publicados numerosos trabajos.

2Por Eliomys Wagner, 1840.

3También preocupado por Massoiamys Vucetich, 1978

4De “profesar”: aceptar y seguir voluntariamente una doctrina o creencia. Tener una determinada inclinación o un sentimiento intenso hacia algo.