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Mastozoología neotropical
versão impressa ISSN 0327-9383versão On-line ISSN 1666-0536
Resumo
BIAVATTI, Theany; COSTA, Luciana M e ESBERARD, Carlos E. L. Morcegos (mammalia, chiroptera) em refúgios diurnos artificiais na região sudeste do Brasil. Mastozool. neotrop. [online]. 2015, vol.22, n.2, pp.239-253. ISSN 0327-9383.
Residências e construções isoladas no interior de áreas de florestas bem conservadas também são utilizadas como refúgio diurno pelos morcegos o que sugere que construções são atrativas por proverem proteção contra predadores, além de serem ambientes adequados para reprodução e interação social. Neste trabalho é apresentada uma revisão dos dados disponíveis na literatura para o sudeste do Brasil a partir de 2000 e dados não publicados coletados pelos autores entre 2010 e 2013 sobre o uso de construções pelos morcegos. Trinta e um trabalhos publicados foram analisados. Somados aos dados dos autores um total de 42 localidades foram amostradas, e 37 espécies de morcegos foram registradas em construções. Um total de 23 espécies possui dados de coabitação, enquanto 14 não compartilham abrigo com outras espécies. Molossus molossus mostra elevada frequência em construções de áreas antrópicas e trata-se da espécie insetívora mais capturada na Região Sudeste do Brasil e a que mais se refugia em forros. Em outros tipos de construções, a espécie mais frequente em coabitação foi Desmodus rotundus, citada em 16 artigos compartilhando abrigo com nove espécies. Amostragens no interior desses abrigos são importantes por fornecerem dados sobre as interações entre as diferentes espécies. Essas informações poderão contribuir para procedimentos adequados de manejo e para que problemas de saúde pública sejam minimizados.
Palavras-chave : Adaptação; Colônias; Interações com humanos; Refúgio; Urbanização.