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Cuadernos de antropología social
versión On-line ISSN 1850-275X
Resumen
BOIDIN, Capucine. Pensar a modernidade/colonialidade em Guarani (XVI-XVIII). Cuad. antropol. soc. [online]. 2016, n.44, pp.00-00. ISSN 1850-275X.
As línguas gerais ameríndias foram línguas modernas/coloniais através das quais se forjaram e expressaram sujeitos guaranía modernos/coloniais. As primeiras transcrições de discursos políticos em tupi-guarani feitas pelos missionários (séculos XVI-XVII), assim como certas cartas que escreveram as mesmas autoridades indígenas das missões (séculos XVIII-XIX), permitem analisar seus vocabulários, argumentos e estilos. Todavia permanecendo as mesmas palavras, seus efeitos de significação e seus equivalentes de tradução variaram segundo os textos y contextos. No entanto os argumentos (ratio) foram diferentes, certas artes verbais tradicionais (oratio) reinventaram-se em contextos coloniais. Dentro das missões, as autoridades políticas indígenas, familiarizadas com os argumentos e vocabulários católicos e monárquicos, cultivaram a sua eloquência tanto oral como pela escrita em espaços dedicados à política (Cabildos), assim que os jesuítas incorporaram nos seus sermões religiosos algumas das características formais das artes verbais tupis-guaranis.
Palabras clave : Guaraní; Missões; Arte verbal; Cosmopolítica; História conceitual.