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Acta bioquímica clínica latinoamericana

versión impresa ISSN 0325-2957versión On-line ISSN 1851-6114

Acta bioquím. clín. latinoam. v.38 n.1 La Plata ene./mar. 2004

 

SECCIÓN PERMANENTE LATINOAMERICANA

Influência do estresse nos níveis sanguíneos de lipídios, ácido ascórbico, zinco e outros parâmetros bioquímicos*

G.E. Ronsein1, R.L. Dutra2, E.L. Silva2, F. Martinello2, E.M. Hermes3, G. Balen4, S. Jorge2, C.D.A. Waltrick5, C.S.M. Silva5, B.M. Santos4, B.M.Santos6, V. Leal7, U. Q. Roldão2*, G.A. Cantos2

1. Aluna da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis - SC.
2. Professores da UFSC - Florianópolis - SC.
3. Bioquimica do Hospital Universitário (HU) .
4. Nutricionista HU - UFSC - Florianópolis - SC.
5. Cardiologistas HU - UFSC - Florianópolis - SC.
6. Profissional voluntária de Educação Física.
7. Aluna de extensão-UFSC. - Florianópolis-SC.

* Revista Brasileira de Análises Clínicas 2003; 35 (1): 19-25.

Como consecuencia de la política de integración de la Confederación Latinoamericana de Bioquímica Clínica -COLABIOCLI- en el área científica, el Comité de Redacción de Acta Bioquímica Clínica Latinoamericana ha concretado la iniciativa creando la Sección Permanente Latinoamericana, con los trabajos más relevantes de las distintas publicaciones de la región. La reimpresión de los mismos ha sido autorizada por el Consejo Editorial de las respectivas publicaciones oficiales.

Resumo

Muitos estudos apontam quanto à possibilidade de que o estresse afete a concentração de lipídeos, de ácido ascórbico, de zinco e de outros minerais e que estes elementos devem provocar alterações hormonais e bioquímicas, prejudicando o sistema cardiovascular. Assim, esta pesquisa teve como objetivo verificar o estresse em suas diferentes modalidades: tolerância, tensão, fontes, estado e vulnerabilidade e depois correlacionar as respostas de tais questionários com as alterações bioquímicas propostas em análise. A população examinada foi de 29 pacientes trabalhadores ou estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina-Brasil. Observou-se que, a maioria das pessoas da comunidade universitária analisada convive com estado de estresse elevado e que os indivíduos mais tolerantes ao estresse são os menos vulneráveis. Da mesma forma, foi possível observar que os indivíduos mais tensos foram aqueles com estado de sofrimento ou sofrimento severo. Para correlação das análises bioquímicas o questionário sobre estado de estresse foi o que mais apresentou alterações significativas com os diversos parâmetros bioquímicos analisados. Nesta pesquisa pode-se notar que os problemas de estresse provocam um aumento de colesterol total (CT) e LDL-colesterol e uma pequena diminuição da fração HDL-colesterol, cálcio, magnésio e ácido ascórbico, e zinco, sendo que a alteração mais significativa ocorreu com este último elemento. Contudo, em nenhum dos questionários utilizados observou-se qualquer correlação entre os problemas de estresse e as análises bioquímicas como o fósforo, sódio, potássio e vitamina B12. Conclui-se que os parâmetros bioquímicos são ferramentas importantes na análise do estresse e que este deve acelerar o curso da aterosclerose coronariana.

Palavras chaves: Estresse; Parâmetros bioquímicos; Aterosclerose.

Introdução

   O ser humano, por natureza, procura manter um equilíbrio de suas forças internas com todos os órgãos, de maneira que seu organismo possa trabalhar em harmonia. Entretanto, quando esse equilíbrio passa a ser alterado por algum agente estressor, ou seja, por qualquer situação que desperte uma emoção, boa ou má, isto constituirá numa fonte de estresse. Os agentes estressantes podem ser classificados como físicos ou psicossociais. Os estímulos físicos vêm do ambiente e incluem: luz calor, frio, odor, fumaças, drogas em geral, lesões corporais, agentes infecciosos e esforços físicos. Já os psicossociais incluem todos eventos que podem alterar o curso de nossas vidas, como a morte de um parente próximo, a separação, o encarceramento, a aposentadoria, o casamento, os problemas no trabalho, as provas escolares ou mesmo as mudanças de hábitos em geral (Nahas, 2001) A importância de agentes estressores psicossomáticos hoje é amplamente reconhecida, sendo tão potentes quanto os microorganismos ou a insalubridade, no desencadeamento das doenças. Estima-se que esses agentes chegariam a 50% nas regiões mais desenvolvidas, afetando indiferentemente as mais variadas classes sociais (França & Rodriguez, 1999)
   Independente do fator que causou o estresse, nosso corpo faz um esforço para adaptar-se a nova situação. Contudo, quando os estímulos forem excessivos e por longos períodos, os mesmos podem levar a uma série de complexas reações bioquímicas e fisiológicas, desencadeando situações patológicas (Nahas, 2001). Estudos enfatizam a importância vital no controle do bem estar físico e psicológico, pois a forma como nos relacionamos com o estresse pode estabelecer a diferença entre saúde e doença, vida e morte (Perkins, 1995). O sistema imunológico, responsável pelas reações de defesa do organismo contra infecções, é o mais afetado nas situações de estresse, principalmente quando estas forem prolongadas, pois levam como conseqüência a diminuição das células linfáticas do timo, dos gânglios linfáticos e mesmo do sangue em circulação, de maneira que o organismo fica sujeito a várias infecções (Black &Garbutt, 2002). Por outro lado, há muitas evidências que os fatores psicológicos têm um papel importante na etiologia e progressão de certas doenças cardiovasculares tais como aterosclerose (Vitor et al., 1998; Rozanski et al., 1999; Black & Garbutt, 2002).
   Em adição, numerosos estudos consideram que o estresse provoca altos níveis de colesterol total (CT), LDL-colesterol e diminuição de HDL-colesterol, sugerindo um aumento de doenças cardiovasculares (Roy et al., 2001). Contudo, o estresse como variável independente, não tem sido confirmado, mas somente quando associado a outros fatores de risco como tabagismo, sedentarismo, a hipertensão e dieta inadequada (Paiva, 1983; Pearson et al., 1997; Michelon & Moriguchi, 1999). A despeito disto, pesquisas mostram uma associação entre estresse e hipertensão arterial e doenças cardiovasculares (Newman et al., 1986). Sabe-se que em momentos de estresse a pressão arterial sobe, isto tanto no normotenso quanto no hipertenso, pois a mesma representa o produto da resistência periférica versus débito cardíaco. Soma-se a isto o fato de que o estado de alerta constante pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial, sendo que o sistema simpático que desencadeia a pressão arterial ocorre por eventos estressantes (Lipp & Rocha, 1996).
   A secreção de hormônios esteróides do córtex adrenal bem como as catecolaminas da medula adrenal é estimulada pelo estresse. Essas substâncias vão agir diretamente na área estimulada e reduzir o ritmo excessivo de sua atuação. Tal resposta é perfeitamente adequada quando o fator de estresse requer uma liberação extra de energia para determinada situação. Contudo, a manutenção de altos níveis de açúcar na corrente sangüínea pode levar ao diabetes futuro. Além do mais, o estresse, particularmente o agudo, pode exacerbar à condição diabética preexistente, pois os diabéticos são incapazes de suprir, por rápidas alterações, as exigências de insulina resultantes do estresse continuado. Diga-se que o estresse por si só pode levar a outras complicações graves, como cardiovasculares (Mello Filho, 2001).
   O estresse têm efeito também na alimentação, podendo modificar o metabolismo de vários nutrientes como vitaminas do complexo B, vitamina C, cálcio, magnésio e ferro e zinco (Combs, 1998; Lipp & Rocha, 1996). Adicionalmente, quando estamos estressados, tendemos a negligenciar nossa dieta e, então, piorar essa condição patológica pela ingestão inadequada de minerais. As deficiências desses minerais estão ligadas a uma grande variedade de disfunções, que vão desde a infertilidade e redução do crescimento, à úlcera, hipertensão arterial e doença isquêmica do coração (Mello Filho, 2001).
   Outros estudos mostram que a deficiência de zinco desenvolve danos oxidativos associados com inflamação (Rossi et al.2000). A deficiência de zinco afeta o fator inibitório de crescimento. (Giralt et al., 2000), sendo que o estresse leva a uma depleção de zinco no fígado, no músculo e aumento da excreção urinária deste elemento (Gonzalez et al. 1998). O zinco parece acelerar a divisão celular no intestino, reforçando a membrana da mucosa gastrointestinal, sendo o mesmo usado para o tratamento de úlceras (Melo, F, 2001). Outros trabalhos mostram que, em ratos, o zinco está envolvido na estimulação de genes que levam a liberação de adrenais (Honkaniemi et al., 2000). O zinco é essencial também na estrutura óssea. Estudos mostraram que a quebra de estresse modula a deformidade dos parâmetros medidos, em relação ao comprimento e diâmetro da coluna espinhal (Rossi et al., 2000).
   Pesquisas têm demonstrado que pessoas estressadas do tipo agressivas, ambiciosas, competitivas, que vivem sob tensão têm constante déficit do magnésio muscular. Portanto, uma ingestão adequada de magnésio é essencial para manter as artérias relaxadas, à pressão arterial baixa e os batimentos cardíacos regulares (Shivakumar & Kumar, 1997). Este mineral, reduz ainda os radicais livres, estabilizando a capacidade de aglutinação de plaquetas sangüíneas. Assim, a carência desse elemento leva o indivíduo a ter maiores chances de formação de trombos. (Marinez & Lourenço, 1996; Garcia et al., 1998). A deficiência desta substância no organismo pode levar ainda à anorexia, apatia, náuseas, hiperatividade neuromuscular, que se não for tratada pode provocar arritmias cardíacas ou mesmo parada cardíaca.(Henrotte et al.; 1997).
   O estresse altera também o metabolismo do cálcio e sódio interferindo na reatividade vascular. A regulação do metabolismo destes elementos é extremamente complexa, os quais interagem com hormônios, ingestão e excreção renal. A ausência de cálcio diminui a reatividade vascular, enquanto o excesso de sódio aumenta a reatividade muscular das artérias. O cálcio pois é necessário para que haja contração dos músculos que compõe as paredes das pequenas artérias. Este íon causa a contração simultânea das proteínas, miosina e actina, fazendo a célula contrair e relaxar Como os chamados fatores de relaxamento no exterior da célula têm uma afinidade com o cálcio, ele logo é removido da célula muscular, permitindo o relaxamento da mesma. (Henrotte et al., 1997). O cálcio afeta também o marca-passo que controla a freqüência cardíaca (Rocha & Lipp, 1996)., sendo também importante na absorção de vitamina B, através da parede do intestino delgado (Lipp et al. 1986)
   Em relação ao ácido ascórbico, popularmente conhecido como vitamina C, este tem sido altamente consumido como suplemento alimentar como forma de prevenir ou combater resfriados, doenças cardiovasculares e neoplasias (Silva et al., 2000) Sua função antiaterogênica deve-se às suas características antioxidantes, as quais podem reduzir a oxidação da lipoproteína de baixa densidade (LDL-colesterol) (Valkonen & Kuusi, 2000). A proteção completa da LDL-colesterol parece envolver também a vitamina E, sendo que esta é importante na extinção de radicais produzidos no interior da partícula de LDL-colesterol. Na verdade, a ação da vitamina E parece ser dependente da presença de ácido ascórbico e talvez de outros antioxidantes solúveis (Price et al., 2001). Desta maneira, o ácido ascórbico pode contribuir para a proteção contra doenças coronarianas em pessoas que ingerem altas quantidades de vitamina C através de frutas e vegetais (Gale et al., 1993) embora a mesma não tenha sido recomendada como um agente para baixar a concentração de lipoproteínas. (Jenner et al., 2000). Por outro lado, o fato da deficiência de vitamina C promover a formação de lesões ateroscleróticas em porcos da Índia pode suportar a hipótese que a mesma reduz o risco aterogênico. Atualmente existem fracas evidências destes efeitos em humanos (Combs, 1998). Apesar disto, muitos estudos têm reportado que o ácido ascórbico pode aumentar as concentrações de HDL (lipoproteína de alta densidade) e diminuir as concentrações de colesterol total (Simon & Hudes, 1999).
   No presente estudo foi realizado uma quantificação de lipídeos, lipoproteínas, cálcio, fósforo, magnésio, vit B12, vitamina C, sódio, potássio e zinco de indivíduos atendidos no Hospital Universitário da UFSC, de maneira a correlacionar esses parâmetros bioquímicos com à condição de estresse, em suas diferentes modalidades.

Materiais e Métodos

1. PACIENTES

   Os pacientes que participaram desta pesquisa foram indivíduos da comunidade: estudantes (graduação e pós-graduação), professores, servidores, sendo que 40 % desses pacientes estavam inseridos no Núcleo multiprofissional e interdisciplinar na prevenção e tratamento de eventos cardiovasculares da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Hospital Universitário (HU). A faixa etária variou entre 21 e 75 anos, sendo 24 mulheres e 5 homens. Todos indivíduos que concordaram em participar espontaneamente desta pesquisa assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido e tiveram acesso a todos os seus resultados.

2 . DETERMINAÇÕES LABORATORIAIS

   As análises laboratoriais foram executadas pelo setor de Bioquímica do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário (HU), exceto o zinco que foi determinado no Departamento de Química da UFSC e o ácido ascórbico que foi dosado no laboratório didático de bioquímica clínica da UFSC. O sangue foi obtido por punção venosa, observando-se um jejum de 12 horas. O soro foi obtido por centrifugação do sangue a 2500 rpm por 15 min.
   O perfil lipídico foi definido pela determinações do: colesterol total (CT) e triglicerídeos (TG) utilizando métodos enzimático - colorimétrico automatizado; HDL-colesterol: (HDL), método de precipitação seletiva, acoplado a dosagem por método enzimático colorimétrico automatizado e LDL-colesterol (LDL), obtido por cálculo utilizando a fórmula de Friedewald.
   Os íons magnésio (Mg), fósforo (P) e cálcio (Ca) foram dosados por método automatizado, sendo que o íon magnésio foi complexado com MTB (azul de metiltimol), o íon fósforo foi determinado complexando-o com molibdato e o íon cálcio foi dosado pelo método da o-cresoftaleína. Os íons sódio e potássio foram determinados usando eletrodos íons seletivos, por método automatizado.
   O aparelho utilizado para todas as determinações automatizadas acima descritas foi o DADE Dimension® AR /Clinical Chemistry System (DADE International Inc. / DADE Behring Inc., Newark, DE - USA). Os Kits usados para as determinações acima foram fornecidos pela DADE Chemistry System Inc. (DADE Behring Inc., Newark, DE - USA).

   Todas essas determinações foram executadas utilizando-se o programa de Controle de Qualidade da Control-Lab (RJ-Brasil) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e o programa PNCQ da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas.
   A concentração de zinco (Zn) no soro foi determinada em triplicata por espectrometria de absorção atômica em chama. Para a construção da curva de calibração utilizou-se uma solução de óxido de zinco a 0,1 mgL-1 para um volume final de 3ml.
   A vitamina B12 (vit B12) foi medida com analisador automatizado Immulite por um imunoensaio competitivo. O ácido ascórbico (AA) presentes na amostra de soro foi determinado imediatamente após a coleta, utilizando-se o método espectrofotométrico da 2-4 dinitrofenil-hidrazina (McCormick & Green, 1994). Para determinação do ácido ascórbico foi utilizada uma curva de calibração. O ácido ascórbico e ácido tricloroacético foram obtido da Merck e os demais reagentes utilizados foram de marcas nacionais.

3. AVALIAÇÃO DO ESTRESSE

   A determinação do estado de estresse foi realizada segundo pesquisas de âmbito nacional nos Estados Unidos (Lipp, 1886); a vulnerabilidade ao estresse foi analisada considerando o trabalho desenvolvido pelo Departamento de Saúde, Educação e Bem-estar do Serviço de Saúde pública dos Estados Unidos o qual foi Adaptado por Nahas, 2001; a tensão "Você se sente muito estressado", foi avaliada segundo questionário Simon, 2000 ; a avaliação do estado físico de acordo com o questionário formulado por Boucher & Binette, 1996 e as fontes de estresse e o reconhecimento do mesmo conforme o sugerido por Lipp et al., 1986)

Resultados

   As respostas dos questionários de estresse juntamente com os resultados das análises bioquímicas dos pacientes estão representados na tabela 1. A figura 1 representa a curva de calibração para o ácido ascórbico. Para determinação do zinco foi construída uma curva padrão e quatro amostras de calibração para a técnica com adição do analito, com leituras em triplicata, plotando-se o sinal analítico obtido versus concentração e massa.

Discussão

   Sabe-se que um dos problemas mais comum que afeta o ser humano é o estresse, o qual culmina num desgaste geral do organismo. Se o estresse for bem compreendido e controlado pode até certo ponto ser bom, pois prepara o organismo para situações difíceis da vida, mas se não for controlado e se estiver constantemente na pessoa, pode levar a alterações no metabolismo de lipídeos, da pressão arterial, dos batimentos cardíacos, ao maior consumo de oxigênio pelo miocárdio e com o tempo reduz o ritmo cardíaco diminuindo a resistência vascular periférica (Hubard & Workman, 2000). Progressivamente esses problemas levam ao aumento de doenças cardiovasculares (Grosman & Sveback, 1987; Deslistraly et al., 1992; Dadak et al., 1995; Vitor et al., 1998).
   Assim, é importante aprender a reconhecer os sintomas do estresse, como um primeiro passo para se evitar seus efeitos maléficos, pois é muito comum que o estresse não seja diagnosticado e que o mal se agrave com o passar do tempo e com a falta de tratamento adequado. Desta forma, a primeira proposta deste trabalho foi verificar como o estresse tem afetado a vida de pessoas da comunidade universitária, quais são os principais agentes estressores, quais são os sintomas já manifestos e qual o reflexo bioquímico deste processo. Assim, utilizou-se vários questionários, de maneira a se obter uma avaliação quanto as fontes, os sinais e à condição de estresse de cada indivíduo, em suas diferentes modalidades. Numa etapa seguinte correlacionou-se esses resultados com parâmetros bioquímicos, cujas alterações podem ser manifestas durante o estresse agudo ou durante o estágio de resistência ou exaustão do estresse. Os parâmetros avaliados foram: CT, HDL, LDL, TG, Ca, P,Mg, Na, K, vit B12 e vit C e Zn.
   Neste trabalho, de acordo com as respostas de um dos questionário de Lipp et al. (1986) observou-se que nos últimos 12 meses as principais fontes de estresse foram de ordem psicossocias, sendo que as mais relatadas foram: morte ou doença de alguém da família, mudança de trabalho ou de responsabilidade no mesmo, mudança na sua condição financeira, acréscimo ou diminuição de pessoas morando em casa, mudanças de hábitos pessoais, mudança de residência, mudança nos hábitos de dormir, mudanças nos hábitos de alimentação e recebimento de multa ao cometer pequenas infrações.
   Para Chopra (1989) a presença constante de agentes estressores na maioria dos indivíduos e a maneira com que os mesmos reagem em situações potencialmente estressantes, pode ter profundo efeito sobre suas funções vitais. Alguns sintomas de estresse são fáceis de serem identificados, como mãos suadas, contração dos músculos, respiração rápida "batedeira" do coração, acidez do estômago, falta de apetite ou dor de cabeça. Outros sintomas são tão sutis que a pessoa às vezes nem se apercebe deles. O impacto de um agente estressor depende em grande parte das características da pessoa exposta a este agente. (Tsopanakis & Tsopanakis, 1998). Os sintomas diferem também dependo da fase em que o estresse esteja. Assim foi aplicado outro questionário de Lipp et al., 1986 para que o indivíduo pudesse reconhecer os sinais de estresse. Os seguintes sintomas foram os mais assinalados: problemas com a memória, nó no estômago, mudança de apetite, músculos tensos, vontade de fugir de tudo, pensar continuamente num só assunto, irritabilidade excessiva, angústia ou ansiedade, hipersensibilidade emotiva e perda do senso de humor.
   É importante que o indivíduo reconheça o grau de tolerância ou resistência pessoal em situações de estresse. Cabe dizer que cada pessoa responde de forma peculiar a situações de estresse: o que pode representar um grande problema para uns, pode ser gerenciado com tranqüilidade por outros. Para Hans Seley (1974) cada pessoa leva consigo uma capacidade de resistir ao estresse. A essa capacidade ele chamou de energia de adaptação e, segundo esse pesquisador, o indivíduo pode treinar seu organismo, de maneira a desenvolver tal energia, enfrentando melhor às situações de estresse. Neste trabalho pode-se observar que os indivíduos menos vulneráveis ao estresse foram também os mais tolerantes, tal como mostram os pacientes 13, 14, 19, 21,22, 24 e 26. Analogamente o paciente 17 apresentou menor nível de tolerância e maior vulnerabilidade ao estresse.
   O estresse pode ser observado pelo menos em duas dimensões : como processo e como estado. O estresse como processo é a tensão diante de uma situação de desafio por ameaça ou conquista e estado é o resultado positivo (eustresse) ou negativo (distresse) do esforço gerado pela tensão mobilizada pela pessoa (França & Rodrigues, 1999). Nesta pesquisa quando se analisou o estado de estresse com tensão, observou-se que os pacientes, 3, 5, 16 e 25 com sofrimento ou sofrimento severo são àqueles que apresentaram mais tensão.Situação inversa observou-se nos pacientes 4, 7, 9, 13, 14. Diga-se que o questionário proposto por Rochele Simons coloca todos indivíduos, no mínimo, em uma situação de moderada tensão e pela análise dos outros questionários esta condição se difere em especial nos pacientes 4, 14, e 41. Neste trabalho pode-se observar, ainda, que um questionário complementou o outro, embora como um todo estes instrumentos tornaram-se um fato estressante para o indivíduo. Para resolver este impasse propõe-se o uso de um único questionário que mais retrate a situação de equilíbrio emocional. Segundo nossas avaliações o questionário sobre estado de estresse proposto por Lipp et al. (1986) é o que mais correlaciona as análises bioquímicas com estresse e atinge os objetivos propostos.
   Comparando os dados de estresse com parâmetros bioquímicos, a literatura mostra que altos níveis de estresse provocam aumento de CT, LDL e diminuição de HDL sugerindo aumento de doenças cardiovasculares (Devlin, 2000; Roy et al.,2001). Nesta pesquisa, tomando como referencial o questionário proposto por Lipp et al. (1986), pode-se observar que os indivíduos (3, 5, 17, 18, 20, 23 e 25) que apresentaram sofrimento severo devido ao estresse, somente um (17) teve valores de CT e LDL dentro dos limites de referência. Similarmente todos pacientes (3, 5, 16 e 25) que apresentaram altos níveis de tensão e se sentem altamente desconfortáveis apresentaram CT e LDL acima do desejado. Em relação a tolerância ao estresse pode-se notar que todos os indivíduos (14, 16, 20, e 24) com tolerância zero ao estresse também apresentaram CT e LDL acima do desejado, exceto o indivíduo 17. Tal como relata a literatura (Doornen et al. 1998), nesta pesquisa não foi encontrado correlação entre estresse e triglicérides e pouca correlação com a fração HDL. Em relação à vulnerabilidade, embora este parâmetro sirva para avaliar as situações de estresse associados à frustração ou inibição de um determinado desejo, não foi possível correlacionar tais sentimentos com as análises bioquímicas realizadas.
   O estresse e eletrólitos tais como o cálcio, o magnésio e o fósforo têm sido correlacionados com problemas cardiovasculares. Em animais, tem sido sugerido que a deficiência de magnésio aumenta o estresse oxidativo e provoca injúrias vascular (Shivakumar & Kumar, 1997). Embora haja controvérsias, em enfarte de miocárdio agudo a terapia incluindo magnésio tem sido recomendada pois acredita-se que o mesmo possa contribuir para revascularização coronária (Roger, 1995). Diga-se que em estresse agudo geralmente há uma elevação da pressão sistólica associada a um aumento de sódio e magnésio e diminuição de potássio das células sangüíneas e concentração de cálcio no soro (Mahboob et al., 1996).Nesta pesquisa pode-se notar que o indivíduo 3 (com sofrimento severo) apresentou os níveis de cálcio e magnésio abaixo do esperado e similar relação para o cálcio pode-se observar nos indivíduos 17 e 18. Entretanto, nenhuma correlação foi encontrada com o fósforo, sódio e potássio.
   Considerando-se a importância da vitamina C como antioxidante, este trabalho se propôs a determinar a concentração da mesma no soro dos pacientes com diferentes níveis de estresse. De acordo com Burtis& Ashwood (1999), a dosagem deste elemento deve ser realizada imediatamente ou em tempo inferior a 3 horas. Para esta pesquisa após a separação do soro as amostras foram precipitadas. com TCA 12% e em seguida analisadas, utilizando uma curva de calibração conforme mostra a figura1. Neste trabalho observou-se que dos 25 pacientes os quais foi dosado o ácido ascórbico 4 indivíduos considerados estressados (pacientes 2, 5 22, 27 - tabela 1) obtiveram baixos níveis deste elemento ou valores no limiar inferior do mesmo que é de 0,5 a 1,5 mg/dl. Observou-se também que dos 6 pacientes com baixa concentração de ácido ascórbico no soro (pacientes 2, 5, 21, 23, 24 e 27 - tabela 2) somente 1 obteve resultados de colesterol e LDL normais, sendo que todos os outros apresentaram valores acima do valor de referência. Em relação ao HDL, somente 3 pacientes apresentaram diminuição do mesmo. De fato, em humanos, porcos de Guiné e ratos com deficiência genética na síntese de ácido ascórbico, a vitamina C é negativamente relacionada com as concentrações de LDL e positivamente relacionada às concentrações de HDL. Embora trabalhos de Price et al., 2001 têm reportado que os ratos que não produzem vitamina C endógena (como os humanos) desenvolvem aumento do colesterol total e diminuição de HDL durante períodos de deficiência, neste trabalho não foi possível observar nenhuma correlação entre altos níveis de triglicerídeos e baixos níveis de ácido ascórbico.
   Em relação ao zinco pode-se observar que a maioria dos pacientes apresentaram valores dentro dos limites especificados pela literatura ou seja entre 1,0 a 1,4 mgL-1 (Kocaturk et al, 2000). Destaca-se contudo os pacientes 4 e 9 que apresentaram níveis abaixo dos valores de referência. Comparando estes resultados bioquímicos destes pacientes com estresse pode-se notar que os mesmos apresentaram sofrimento ou sofrimento sério, muitas tensões em suas vidas, uma certa vulnerabilidade ao estresse e pouca satisfação com seus estilos de vida. Dentro do limite mínimo de referência par ao zino, também a paciente 3 apresentou sofrimento sério, pouca tolerância, desconforto e uma certa vulnerabilidade ao estresse.
   Em relação aos valores encontrados de zinco e demais parâmetros bioquímicos estudos indicam que a deficiência de zinco reduz os parâmetros hematológicos, proteína no soro, glicose e HDL, aumentando os valores de lipídios e LDL (El Hendy et al., 2001). Nesta pesquisa pode-se observar-se que o paciente 4 apresentou CT e LDL elevados e HDL diminuído. O paciente 9 embora apresentasse os parâmetros lipídicos dentro da faixa de normalidade o mesmo alterações de Ca e Mg. Diga-se que este paciente faz exercícios diários e faz um controle alimentar. De fato a atividade física e uma alimentação adequada são fatores que modificam outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, pois auxiliam na redução de peso, aumenta a HDL, diminui o TG e os risco para trombose (Michelon & Moriguchi, 1999).
   Conclui-se que a maioria das pessoas da comunidade universitária analisada apresenta problemas de estresse, e que decorrente deste processo alterações bioquímicas podendo ser observadas o que poderá servir de alerta para o indivíduos que vive constantemente com estímulos estressantes.

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