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Revista iberoamericana de ciencia tecnología y sociedad

versión On-line ISSN 1850-0013

Rev. iberoam. cienc. tecnol. soc. vol.10  supl.1 Ciudad Autónoma de Buenos Aires dic. 2015

 

EJE 9. CIENCIA Y MEDIO AMBIENTE

O enfoque Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTS-A) em educação *

* Este artigo foi originalmente publicado em 2 de Outubro de 2009. Uma versão atualizada e bilíngue é publicada em nosso site. Esperamos seu comentário em: http://www.revistacts.net/elforo/280-el-debate-el-enfoque-cts-a-en-la-educacion.

Susana Sá e Ana Isabel Andrade **

** Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia na formação de Formadores (CIDTFF), Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa, Universidade de Aveiro, Portugal. Email: susanasa@ua.pt.

É comummente aceite que, devido à universalização do acesso à educação, à imprevisibilidade e celeridade da construção do conhecimento científico e tecnológico, às migrações internacionais e à globalização, as exigências feitas à Escola, na sociedade actual, enquanto instituição por excelência na formação de cidadãos, vão muito além das competências clássicas de ler, escrever e contar. O desafio actual centra-se em como capacitar os alunos, desde os primeiros anos de escolaridade, para lidar com a complexidade e a diversidade da condição e da actividade humanas, privilegiando uma visão holística, integrada e complexa do conhecimento. Mas como será exequível a sua concretização, quando assistimos a uma lógica de compartimentação do saber, veiculada pela organização dos curricula em diferentes disciplinas? Será que o enfoque Ciência-Tecnologia-Sociedade- Ambiente (CTS-A) que preconiza um conhecimento da Ciência e das suas interrelações com a Tecnologia, a Sociedade e o Ambiente se constitui como uma resposta a este repto? Sendo a “Sociedade” uma das dimensões a ter em consideração no enfoque CTS-A qual o lugar da intercompreensão, da construção de uma cultura de paz e de diálogo, de respeito pelo Outro e pela diversidade linguística, cultural, social e religiosa?

Acreditamos que é essencial uma educação capaz de articular as diferentes áreas do saber, em que a relação Ciência/ Tecnologia/ Sociedade/ Ambiente e as relações entre Língua, Cultura, Ambiente e Economia estejam bem presentes. Para tal, importa considerar o papel fundamental dos educadores e professores, sendo eles fundamentais na construção do conhecimento pelos alunos, na construção de lugares de leitura do Mundo, onde os sujeitos sejam considerados nas múltiplas interacções que vão estabelecendo com os objectos que o Mundo lhes dá a conhecer. Esta problemática constituir-se-á preocupação apenas dos professores especializados nas áreas de Ciências Naturais ou de todos os professores, generalistas e especialistas de áreas do conhecimento, no fundo, de todos os educadores, numa perspectiva global e integradora da construção de conhecimento? E estarão os professores/educadores capacitados para implementar tal abordagem? E estarão eles receptivos a esta concepção de educação, que exige um maior comprometimento científico, profissional e temporal?

E não será toda a educação, aquela que se pretende “de qualidade”, um verdadeiro enfoque CTS-A? Será possível problematizar questões educativas (sejam elas de natureza ambiental, social, económica, política, cultural, religiosa ou lingüística) descurando esta abordagem? Se tal acontecer não estaremos a caminhar para a desorientação na construção do conhecimento, oferecendo-o de forma descontextualizada, e por isso, sem significado para os alunos?

E, como última questão, interrogamo-nos sobre que atitudes, capacidades e conhecimentos, localmente concebidos e globalmente perspectivados, importa promover nos alunos à luz desta perspectiva? Será necessário criar ou definir novos conhecimentos, novas capacidades, ou basta recriar e redefinir as competências já há muito, propostas pela investigação, em diferentes domínios? E antes de tudo não importa pensar o diálogo entre educadores (professores e investigadores) em projectos que dêem sentido às competências e conhecimentos específicos trabalhados em cada uma das áreas? Não será este o grande desafio que se coloca ao enfoque CTS-A?

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