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Información, cultura y sociedad

versión impresa ISSN 1514-8327versión On-line ISSN 1851-1740

Inf. cult. soc.  n.12 Ciudad Autónoma de Buenos Aires ene./jun. 2005

 

Considerações sobre o mercado de trabalho do bibliotecário

Considerations on the labour market of librarians

Sofia Galvão Baptista y Suzana Pinheiro Machado Mueller

Departamento de Ciência da Informação e Documentação, Universidade de Brasília (UnB). Campus Darcy Ribeiro, Brasília - Distrito Federal, Caixa Postal 04561, CEP: 70919- 970. Correo electrónico: sofiag@unb.br; mueller@unb.br

Resumen: Se intenta mostrar un panorama actual de la fuerza de trabajo de los bibliotecarios. La exposición se orienta dentro de la óptica de un mercado en mutación, con el presupuesto de que, en el futuro, trabajo y tarea tomarán formas nuevas, influidos por la globalización y por las fuerzas que actúan en la sociedad de la información. Además, se proporcionan algunos resultados respecto del mercado laboral de los bibliotecarios en Brasil.

Palabras clave: Mercado laboral; Bibliotecario; Cambio socio-económico; Cambio tecnológico.

Abstract: It is intended to show a current view of the librarian's labour market. The discussion is guided by the view of the changing labour market and a presumption that in the future, work and job will take new forms, influenced by the globalization and the forces that act in the information society. Additionally, some results of the research on the librarian market in Brazil are shown (Brasilia, Santa Catarina and Espírito Santo).

Keywords: Librarian labour market; Social-economic and technological changes.

Artículo recibido: 8-10-04.
Aceptado: 09-05-05.

Introdução

  Os fatores motivadores desta reflexão são a exigência do mercado atual e a formação recebida pelo bibliotecário. Existe uma demanda por um profissional possuidor de uma visão holística, polivalente ou multiespecializada pois, para o momento, não basta que esse profissional seja especializado em técnicas de transferência ou organização da informação: é preciso ser um estrategista e entender como funciona um mundo competitivo e globalizado, em constante transformação. Por outro lado, quanto à preparação acadêmica do profissional, verifica-se que as mudanças curriculares são lentas, e a academia é acusada de ter um distanciamento da realidade social. Dentro desse aspecto, os estudos sobre mercado são necessários, para fornecer ou se ter uma dimensão exata das exigências desse mercado em constante evolução, acompanhando as demandas do setor político, econômico e social. As exigências do mercado da sociedade da informação atingem especificamente o bibliotecário, pois elas alteram a forma de trabalhar desse profissional.

Mudanças influentes no mercado de trabalho do bibliotecário

  As mudanças que vêm sendo registradas nos mercados de trabalho em todo o mundo são decorrências típicas dos fatores tecnológicos, econômicos e sociais que agem na chamada sociedade da informação. Os autores examinados constataram a emergência de novas formas de trabalho em todas as profissões. Bridges (1995), ao fazer uma reflexão sobre um mundo sem emprego que percebeu na realidade americana, afirma que o emprego formal, ortodoxo, com patrões, empregados, salários, benefícios e demais condições de segurança para o empregado está com os dias contados. Antevendo um futuro sem empregos, identifica a tecnologia, entre todos os fatores, como a maior responsável pelas mudanças, pois altera a própria forma de execução do trabalho. Bridges (1995) identificou ainda três áreas nas quais a tecnologia teve maior impacto: a informatização do ambiente de trabalho, a substituição do mundo das "coisas" pelo mundo mais veloz dos dados e a tecnologia das comunicações como multiplicadora disso tudo.
  Pastore (1999), sociólogo estudioso da questão do trabalho no Brasil, não aceita a noção de um mundo sem emprego, nem acredita em desemprego total, argumentando que os investimentos na qualificação e na educação podem auxiliar na readaptação da mão-de-obra. Em seu artigo "Mitos sobre o desemprego", pondera que, ao mesmo tempo em que a tecnologia destrói alguns empregos, cria outras posições de trabalho, com diferentes e novas tecnologias. O autor afirma que:

O mundo moderno exige novas formas de trabalhar. O emprego fixo com salário fixo e em regime de tempo integral está dando lugar a outras modalidades de trabalho, tais como: tempo parcial, subcontratação, teletrabalho, "telecommuting" e trabalho por projeto que tem começo, meio e fim (1999).

  O ponto de vista de Pastore sobre as novas formas de trabalho é compartilhado por Bridges (1995) e Arruda (2000), para quem a tendência de aumento da oferta de empregos temporários, informais, por projetos, e de outras formas de trabalho ainda não conhecidas, deverá crescer no futuro e afetar as próximas gerações de profissionais de todas as áreas.
  As mudanças registradas e antevistas para as profissões em geral também foram notadas nas chamadas profissões da informação. O paradigma informacional foi profundamente alterado e, por conseqüência, o trabalho do bibliotecário. No cenário brasileiro, o esforço pela diminuição da presença do Estado, por exemplo, provocou alterações no padrão de empregos no setor público, estimulando a terceirização de alguns serviços, entre os quais os serviços de informação. O fato contribuiu para a diminuição da oferta de empregos tradicionais no setor público, mas parece ter aumentado as oportunidades de trabalho autônomo.
  Esse movimento foi notado por Arruda (2000). Comentando fatores que afetam o mercado do bibliotecário brasileiro, os autores destacam os seguintes: crescente terceirização da força de trabalho; não centralidade ou do trabalho na sociedade contemporânea; crescimento do emprego parcial; exigência crescente da qualificação e o problema da rápida desqualificação; precarização do emprego; a questão do trabalhador polivalente versus o trabalhador multifuncional e a formação de equipes de trabalho para obtenção da polivalência.

Novas áreas e funções para os profissionais da informação

  O exame da literatura mostrou que entre as novas oportunidades para profissionais da informação têm destaque o trabalho autônomo e aquelas que se relacionam com a área de negócios e tecnologia. A Internet também vem sendo percebida como promissora para os bibliotecários, uma vez que abre oportunidades de atuação profissional. Parece haver também, entre os bibliotecários, maior consciência de que conhecimentos e habilidades adquiridas no curso de Biblioteconomia são aplicáveis em qualquer contexto onde há estoques de informação. As mudanças provocadas pelas novas tecnologias mexeram na forma tradicional de prestação de serviços de informação, possibilitando a oferta de serviços diretamente aos interessados, sem o envolvimento da instituição biblioteca, fortalecendo a entrada no mercado de profissionais da informação com diversas formações, e muitas vezes trabalhando como autônomos.
  Outro nicho de mercado é a informação para negócios. Essa modalidade tem sido reconhecida na literatura como um fator potencialmente influente na evolução do cenário de emprego para profissionais da informação. A competição entre as empresas exige informações atualizadas e com valor agregado, provocando a emergência de oportunidades de trabalho em organizações que praticam a inteligência competitiva. A formação em biblioteconomia, quando dirigida a esse tipo de trabalho, favoreceria a participação do bibliotecário na equipe especializada em informação nessas organizações (Montalli, 1994).

Trabalho autônomo

  A literatura brasileira que analisa os novos rumos da força de trabalho comprova o aumento da economia informal, especialmente na área de prestação de serviços por profissionais autônomos. Os autores atestam que esta é uma forma de trabalho que vem crescendo e que tem como motivação o desemprego, a precarização do trabalho e outros fatores econômicos e sociais (www.emprego.sp.gov.br; www.observatorio.sp.gov.br; www.cut.org.br; www.josepastore.com.br Abbud (2001) e Barbosa (1998: 139).
  A pesquisa de Baptista (1998), com bibliotecários da região Sul e Sudeste, identificou alguns profissionais trabalhando como autônomos em editoras, videotecas, assessoria a firmas de publicidade, assessoria a políticos, na elaboração de "clippings" de jornais. A maioria desses entrevistados atua em outras atividades relacionadas com organização e recuperação da informação. Dentro da amostra pesquisada (1361 respondentes) os autônomos representaram 6,5% do total.
  No levantamento de Mueller e Baptista (2000) cujos respondentes são bibliotecários formados pelo Curso de Biblioteconomia da UnB entre 1995 e 2000, foram registradas informações de recém-formados que estavam trabalhando como autônomos, isto é, sem vínculo empregatício, mas em equipes formadas e coordenadas por firmas registradas. Embora trabalhem como autônomos, sob o ponto de vista legal, essa forma de trabalho tem características de um trabalho formal, uma vez que os indivíduos trabalham nas equipes como se estivessem empregados pelo coordenador ou dono da firma que oferece os serviços terceirizados.
  Nos Estados Unidos, a literatura registra que o teletrabalho e o home office, exemplos das novas formas de trabalho, são praticados por profissionais da informação (information broker) há mais tempo. Esses profissionais atendem, sob demanda e sem sair de casa, pedidos de buscas em bases de dados e outras fontes, e enviam os resultados obtidos aos clientes, via fax ou correio eletrônico (Baptista, 1995). No Brasil, trabalhar sem vínculos com empregadores ou instituições não é muito comum. Por exemplo, Duarte (2000) e Alves (2004) localizaram e entrevistaram, no Distrito Federal, profissionais free lancers, que realizam buscas de informação em base de dados sob encomenda. Duas conclusões são possíveis a partir dessas pesquisas: os entrevistados não usavam todas as ferramentas do teletrabalho, (como no exemplo norte-americano), e a percepção de uma demanda potencial desse mercado é muito restrita, tendo em vista os poucos profissionais localizados.

Informação para negócios

  A área de informação para negócios é outro nicho de mercado em evidência na era atual, tendo sido identificada na literatura como um campo de trabalho promissor e adequado para o profissional de informação. Mas, ainda de acordo com a literatura examinada, o bibliotecário não parece ter percebido essa oportunidade de trabalho. Referindo-se às profissões que disputam o setor da informação atual, Davenport (2001) comenta que os bibliotecários têm trabalhado com eficiência na organização de conteúdos, cultivando uma relação direta com os usuários e adquirido familiaridade com a informação que manipula. Observa, porém, que o paradigma da preservação dos documentos continua a orientar as ações dos bibliotecários. Nas grandes organizações, ainda segundo Davenport, as equipes de informação são compostas principalmente por pessoal formado em computação e por administradores, estando os bibliotecários geralmente ausentes.
  O discurso da profissão e daqueles que a observam não parece ser o mesmo. Opiniões como as expressas por Davenport (2001: 143) exemplificam a visão externa: "bibliotecários são depositários passivos do conhecimento"; "bibliotecários priorizam a preservação da informação"; "bibliotecários não criam e nem melhoram a informação". Porém, no discurso dos bibliotecários sobre si mesmos e suas atividades, a ênfase é dada ao seu papel na transferência da informação e ao seu acesso. A afirmação de Miranda (2000: 70) exemplifica o discurso do bibliotecário, quando, ao citar os novos paradigmas da profissão, afirma que:

[...]analisando as transformações ocorridas no ciclo educacional, estaríamos superando a fase em que priorizávamos excessivamente a formação do estoque e seu processamento técnico e passando a valorizar questão do acesso e da transferência da informação.

  Talvez outro problema para o ingresso mais significativo do bibliotecário na área de negócios seja o fato de que as exigências para atuação nessa área ainda não são bem conhecidas. Neves e Longo (1999-2000) e Ferreira e Santos (1999-2000) realizaram pesquisas para identificar quais habilidades e competências qualificariam bibliotecários a assumirem espaços na área de informação para negócios. Para os dois primeiros autores, o trabalho nessa área está relacionado com a competência profissional básica dos bibliotecários:

Eles (bibliotecários) dominam o contexto básico desta área que é o manuseio correto e eficaz dos conteúdos informacionais com muito mais autoridade do que outros profissionais, pois receberam formação para tanto (Neves e Longo, 1999-2000: 170).

  O desencontro de opiniões, entre os profissionais da área e a opinião externa à área, pode ser o reflexo de um problema que o profissional enfrenta, talvez decorrente da designação de sua profissão, que é ter a sua imagem atrelada ao livro ou à instituição, mesmo estando em plena era da informação.
  Davenport, entretanto, parece reconhecer a competência do bibliotecário para compor a equipe de informação de uma empresa, ao afirmar que, no futuro, existirá um profissional híbrido, produto de uma mistura de todos os profissionais que compõem uma equipe especializada em informação numa organização: programadores, analistas de sistemas, administradores de banco de dados, bibliotecários, gerentes de recursos de informação, administradores de redes e sistemas, analistas gerenciais, gerentes de registros e analistas de negócios de mercado ou financeiro. O autor inclui o bibliotecário nesta equipe, embora ressalte que a alta administração de uma empresa, ao se referir a sua equipe de informação, considera apenas os profissionais de tecnologia da informação.

Internet como oportunidade de trabalho

  A Internet também é reconhecida pelos autores examinados como um campo de trabalho promissor e disputado. A lista de possibilidades de atuação profissional na Internet, relatada pela literatura, é extensa. Em geral, as oportunidades estão relacionadas às tarefas de planejar, construir e operacionalizar sites e com atividades de busca de informação. Rowbotham (1999) sintetiza todas as atividades possíveis na Internet em três tarefas básicas: arquitetura de dados, sistema de navegação e sistema de recuperação. Muñoz Gomez e Rubiano Motaño (2000) focalizam a oferta de serviços para os usuários: oferecer acesso à informação, dar assistência ao usuário e projetar sistemas com base nas necessidades dos usuários.
  Nas pesquisas realizadas por Baptista (1999-2000) e Baptista (2003), uma similaridade nos resultados foi observada. Verificou-se, de maneira geral, que os respondentes (total de 140 bibliotecários) de diversos tipos de bibliotecas se adaptaram facilmente à Internet. Os respondentes, em suas atividades diárias na Internet, utilizam base de dados; utilizam mecanismos de busca; filtram a informação (excluem o lixo) e reempacotam (fazem algum tipo de arranjo antes de enviar ao usuário). Quanto ao treinamento necessário, para atuar na rede, poucos fizeram um curso formal. Os demais respondentes assinalaram que aprenderam com a prática diária. Quanto aos impactos da Internet em suas atividades na rede, os respondentes indicaram o rápido acesso à informação como o mais importante. Sobre o mercado existente para o bibliotecário, os respondentes apontaram, com mais freqüência, as áreas de organização da informação e indexação.

O mercado de trabalho tradicional

Empregadores

  O crescimento do número de faculdades particulares tem afetado o mercado de trabalho dos bibliotecários em diferentes regiões do país. Brasília, como capital da República, apresentou sempre um mercado de trabalho muito característico, onde predominam oportunidades de trabalhos em bibliotecas especializadas na área jurídica, legislativa, e assessoria de governo. Bibliotecas públicas e bibliotecas escolares sempre ofereceram poucos empregos. No entanto, o estudo realizado por Silva et al (2003) com ex-alunos do curso de Biblioteconomia da Universidade de Brasília, formados no período 1995 a 2000, constatou um aumento, ainda que discreto, na oferta de empregos em instituições privadas. A proliferação, nos últimos anos, de faculdades e universidades particulares no Distrito Federal parece ter contribuído para esse aumento. A tendência foi observada nas entrevistas com as turmas formadas no período de 1999 a 2001. Se for confirmada, essa tendência representará uma novidade no mercado brasiliense, tradicionalmente, dominado por empregos públicos.
  O fenômeno da criação de faculdades particulares, no entanto, não parece estar restrito ao Distrito Federal. Em entrevista divulgada pelo site www.bibliotecarias.com.br Elayne Margareth Schlõgel, presidente do Sindicato de Bibliotecários do Paraná, referiu-se a situação semelhante em Curitiba, notando ainda que as instituições particulares ofereciam salários mais altos que as instituições federais.
  O crescimento das escolas particulares de ensino superior é atestado por Vieira (2003). O autor mostra que esse crescimento começou em 1995 e que em 2000 essas escolas eram responsáveis pela oferta de 67% das ofertas de matrículas no Brasil.
  Em Santa Catarina, o estudo de Cunha e Pereira (2003) mostra que dos 49 bibliotecários entrevistados - formandos do período 1991-2000 - 79,6% trabalham em unidades de informação e que, entre esses, 51,3% atuam em bibliotecas universitárias. Questionados sobre as atividades realizadas, os respondentes identificaram aquelas nas quais estavam envolvidos: a análise e tratamento da informação (87,1%) foi a mais assinalada, seguida de atendimento ao usuário (79,5%). Nesta amostra, o uso da Internet é uma das tarefas menos realizada (7,7%), entre estas a construção de sites aparece com melhor pontuação (17,9%). O pouco uso da Internet para o atendimento surpreendeu as autoras.
  No Espírito Santo, a pesquisa de Rosemberg (2003) mostra que a amostra estudada de 92 bibliotecários, registrados no Conselho Regional de Biblioteconomia, trabalha no setor público.
  Nestes exemplos, percebe-se que o emprego público continua a ser a opção mais freqüente para as regiões representadas, mas que as faculdades particulares vem abrindo um número significativo de vagas.

Empregos e salários

  Entrevistas com o presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) e com a presidente do Conselho Regional de São Paulo (CRB) feitas pelo jornalista Carlos Eduardo Valim (2001) sobre o mercado de trabalho para bibliotecários mostram que, de maneira geral, a classe bibliotecária não está enfrentando o problema do desemprego. Essas entrevistas foram publicadas na coluna "Eu & Carreira" da versão eletrônica do periódico "Valor Econômico", que traz dados sobre emprego e salários. O presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) e professor da ECA (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo), Fernando Modesto, estima que seriam necessários pelo menos 100 mil bibliotecários no país para que houvesse concorrência pelas vagas de trabalho. Segundo a presidente do CRB de São Paulo, existiriam, naquela ocasião (2001), cerca de 20 mil bibliotecários no Brasil, sendo que 6,4 mil no Estado de São Paulo, e desses, 2,5 mil só na Grande São Paulo. Também a entrevista com Elayne Margareth Schlõgel, do Sindicato de Bibliotecários do Paraná, mencionada anteriormente, informa que as taxas de desemprego são baixas naquele Estado: entre os 1000 bibliotecários registrados no Sindicato em 2000, apenas 26 não estavam empregados, uma taxa de 2,6%.
  Resultados semelhantes foram alcançados por Silva (2003), que obteve dados junto aos bibliotecários formados pelo Curso de Biblioteconomia da Universidade de Brasília entre 1995 e 2000.O mercado de trabalho brasiliense, naquele período, absorveu cerca de dois terços dos alunos formados pela UnB.
  Esses dados parecem confirmar a afirmação do presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia em relação ao provável crescimento da oferta de empregos para o bibliotecário, no Brasil, nos próximos anos. Em sua opinião, a profissão está em ascensão mas, ao mesmo tempo, são previstas mudanças nas características dos empregos, reafirmando a área de negócios e a Internet como fatores influentes.
  Além da existência de vagas, o salário é outro indicador interessante para se compreender uma profissão. No Brasil, como na maior parte dos países, os salários costumam variar conforme a região geográfica e o tamanho das cidades. Apesar disso, de forma geral, considerando os salários pagos a bibliotecários brasileiros, parece não haver grandes diferenças regionais.


Tabela 1 Salário em real R$

  O Jornal "O Globo", do Rio de Janeiro (fevereiro de 2004), indica um salário médio de R$ 3545,76 para bibliotecários que trabalham em empresas de grande porte, e R$ 1673,16 para empresas de pequeno porte. O «Correio Braziliense», publicado em Brasília, (caderno "Gabarito", de março de 2004) indica um salário médio inicial de R$ 2000,00.
  Completando esses dados, a Tabela 2, abaixo, mostra os salários (em salários mínimos) recomendados pelas associações de bibliotecários de alguns estados de algumas regiões (pesquisa realizada na Internet, em 18 de agosto de 2004).


Tabela 2- Salários (Em salários mínimos)*

*O valor do salário mínimo em 2004 foi de R$ 260,00 reais (R$ 1,00=U$2.90)

  Verifica-se que as diferenças entre os salários recomendados nas regiões apontadas não chegam a ser significativas. Talvez as diferenças sejam mais pronunciadas por tipo de empregador. Dados levantados por Silva (2003) em entrevistas com egressos do Curso de Biblioteconomia da Universidade de Brasília mostraram que os salários pagos pelo setor público nas áreas jurídica e legislativa estão acima da média paga em Brasília, e os salários pagos pelas instituições de ensino superior particular estão abaixo da média.

Competências requeridas e formação profissional

  A literatura sobre as exigências do mercado de trabalho potencial do profissional da informação é vasta. Autores diversos vêm, ao longo do tempo, identificando habilidades e atitudes adequadas para cada época. Atualmente, parecem prevalecer as competências ligadas à capacidade gerencial e tecnológica, e à organização do conhecimento.
  Considerando os aspectos gerenciais, a literatura (Neves e Longo, 1999- 2000; Ferreira e Santos, 1999-2000; Arruda. 2000; Marchiori, 2002 e outros) enfatiza demanda pela capacidade de entender as características do contexto: a biblioteca e as entidades que as mantém ou organizações onde os serviços são prestados, e as necessidades expressas e potenciais dos usuários. De acordo com esses parâmetros, seriam desenvolvidas tarefas de planejamento de serviços que envolvessem a coleta, processamento e disseminação da informação, além da elaboração de produtos de informação. Nada disso é inteiramente novo, mas sim o que poderíamos chamar de contexto externo e atitudes profissionais.
  Quanto aos aspectos tecnológicos, as habilidades consideradas necessárias estão relacionadas ao conhecimento de informática, à estruturação de base de dados, à formação de redes, às bibliotecas virtuais, à implementação de periódicos eletrônicos, ao conhecimento das lógicas internas dos mecanismos de busca para recuperação de dados na Internet e às habilidades de webmaster ou webdesign. (Tarapanoff, 1999; Best-Nichols, 1997; Rowbotham, 1999; Blattmann, 2002).
   Considerando os aspectos tecnológicos relacionados ao processamento de informação, as habilidades requeridas estão relacionadas ao entendimento dos meios de representação do conhecimento por meio da utilização de formas de processamento conhecidas como análise, classificação, catalogação e indexação da informação registrada. Para trabalhar com a Internet, a habilidade da representação do conhecimento por meio de metadados - descrições de dados armazenados em banco de dados, ou como é geralmente definido, dados sobre dados a partir de um dicionário digital de dados (Souza (1997)- torna-se imprescindível.
  As qualidades pessoais destacadas na literatura são, em geral, a capacidade de comunicação eficiente, a criatividade e a inovação. Talvez a qualidade mais requerida atualmente seja a de perceber oportunidades em contextos novos, independentes de organizações tradicionais, empregadores, ou suportes tradicionais.

Questões ligadas à formação profissional

  A formação básica do bibliotecário, como em todas as demais profissões estabelecidas legalmente, se dá em nível de graduação e é bastante semelhante a todos os outros cursos. Dentro da área de Biblioteconomia, entre as escolas que ministram o curso, as variações são mínimas desde a implantação do currículo mínimo em 1962. A formação do profissional no Brasil tem passado por várias fases: um início baseado na erudição, passando para uma fase tecnicista (Castro, 2002). Atualmente, enfrenta os desafios da sociedade da informação, oportunidade em que surgem trabalhos fora do âmbito da biblioteca, envolvendo tecnologia de ponta e uma postura gerencial mais competitiva (Valentim, 2004).É necessária uma constante atualização em cursos, cuja área principalé fortemente influenciada pela tecnologia. No entanto, alguns trabalhos de pesquisa registram poucos investimentos (Baptista, 2003; Prosdócimo e Ohira, 1999).
  Apesar da preocupação constante com o mercado de trabalho, sabe-se que a velocidade das inovações tecnológicas e os outros fatores sociais impõem um ritmo de mudanças que a escola tem tido dificuldade para acompanhar.

O futuro da profissão

  A literatura da área registrou várias vezes prognósticos para uma provável extinção da profissão, que seria tornada obsoleta pela emergência de tecnologias e mudanças de contexto. A história da profissão, no entanto, mostra uma grande capacidade de adaptação. Com o advento das bases de dados, a profissão incorporou a tecnologia em vez de ser substituída por ela, e o mesmo está acontecendo em relação à Internet. Outros fatos podem ser considerados dentro dessa discussão: o livro, o periódico eletrônico e a digitalização de acervos. A extinção do livro em papel associada à extinção do profissional já foi anunciada e, embora, haja bastante especulação em torno desses fatos, percebe-se na prática que o livro (versão papel) está longe do seu fim.
  Outro aspecto interessante da questão profissional é a sua denominação. Embora a figura do bibliotecário seja normalmente vinculada à figura da biblioteca tradicional e às formas de suportes tradicionais da informação, essas associações já não definem corretamente seus limites profissionais, nem o dinâmico mercado de trabalho para o qual se capacitou. Por isso, a denominação tradicional tem sido considerada por alguns como um fator negativo à profissão. A literatura confirma esse ponto, demonstrando que, na visão dos empregadores, a capacidade real do bibliotecário fica prejudicada pela associação com formas e fontes tradicionais de trabalho.
  A pesquisa realizada com os egressos do curso de Biblioteconomia da Universidade de Brasília incluiu questão sobre a denominação do cargo ocupado pelo respondente. Observou-se que o cargo de um terço dos 36 entrevistados não usa a denominação "bibliotecário", mas designações diversas, entre as quais são mais freqüentes: técnico de informação, agente administrativo e analista legislativo. Vários fatores poderiam ser sugeridos como explicação para esse fato, desde formas de contornar a exigência legal decorrente da reserva de mercado para egressos de cursos de Biblioteconomia em empregos públicos, até o entendimento, pelos empregadores, de que bibliotecários não seriam adequados para preencher tais cargos. Miranda (1998: 78) refere-se a esse ponto predizendo que o futuro do bibliotecário, como especialista da informação, é mais seguro que o da biblioteca como instituição, já que as redes de informação tornam cada vez mais viável a sobrevivência profissional de bibliotecários que trabalham sem ligações com bibliotecas.
  Como relação à expansão do campo de trabalho dos bibliotecários, e talvez à limitação sugerida pela ligação com bibliotecas, várias outras denominações têm sido usadas. Em levantamento realizado na literatura e em outras fontes, Almeida Júnior (2000), identificou 83 denominações diferentes.
  Seguindo a tendência internacional de incluir sob uma única denominação todos os que trabalham na prestação de serviços de informação, vem se firmando no Brasil a expressão profissional da informação. O autor argumenta que, ao contrário do termo bibliotecário, o termo profissional da informação embute uma noção ampla totalmente desvinculada do locus de trabalho. A questão do nome da profissão é um indicador bastante apropriado para se perceber as mudanças que estão ocorrendo na vida do profissional. Toda profissão reage à sociedade e ao contexto na qual atua. O atual paradigma da transferência da informação e as habilidades de coletar, tratar e disseminar a informação garantem oportunidades de atuação profissional, em mercados tradicionais e em novas ocupações nas indústrias de informação. Vários títulos podem ser sugeridos, pelos próprios interessados ou por outros, mas prevalecerá aquele que a sociedade confirmar.

Discussão e conclusões

A visão de autores da área mostra um quadro otimista sobre a situação do bibliotecário, uma vez que ele se incorpora à categoria mais ampla do profissional da informação, levando consigo a sua adequada preparação profissional obtida nos cursos regulares de Biblioteconomia. A questão das associações positivas ou negativas que os termos profissional da informação e bibliotecário parecem provocar no mercado de trabalho atual merece considerações mais apuradas. Têm havido evidências observáveis de uma possível associação entre o título do curso profissional e o perfil do aluno que o curso atrai. Um levantamento informal nos registros recentes dos arquivos da Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, cursos de Mestrado e Doutorado da Universidade de Brasília, mostrou um aumento no número de candidatos que se inscrevem no exame de seleção e uma mudança gradual no perfil do aluno aprovado, especialmente quanto às áreas de atuação profissional e formação básica. Por exemplo, entre os candidatos que se inscreveram em 2001 e 2002 (10 vagas para o mestrado e cinco para o doutorado), predominaram aqueles cujas atividades profissionais estão ligadas à informação considerada de forma mais ampla: pessoal que trabalha com informática e sistemas de informação em geral, mas cuja formação pode ser em computação, engenharias, administração, comunicação. Curiosamente, são minoritários os alunos oriundos das ciências sociais e humanidades, entre eles os bibliotecários. O número de candidatos também vem aumentando. Não se pode afirmar com certeza a causa do aumento de candidatos ou da diversificação do seu perfil, que provavelmente inclui, além da importância crescente da informação na sociedade, a disputa por empregos e o peso de títulos universitários. A questão permanece, no entanto, sugerindo a necessidade de uma pesquisa.
  De qualquer forma, os dados levantados na literatura comentada neste trabalho e os resultados das pesquisas realizadas pelo grupo de trabalho evidenciam aumento no número de profissionais atraídos pelas vagas no mercado de trabalho no qual se insere o bibliotecário. Apostando na fórmula indicada por Davenport (2001) sobre a equipe de informação, espera-se que o profissional seja capaz de ocupar seu espaço entre os profissionais envolvidos.
  As opções oferecidas pelas novas formas de trabalho podem ser bastante compensadoras. Espera-se que os profissionais tenham criatividade para perceber mercados inexplorados, considerando sempre as suas competências, habilidades e aptidões para lidar com o conteúdo da informação e com o usuário da informação, que de acordo com a visão de Davenport (2001) constituem-se em "diferencial" da capacitação profissional do bibliotecário em relação aos outros profissionais da informação.

Referências bibliográficas

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