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Revista argentina de dermatología

versión On-line ISSN 1851-300X

Rev. argent. dermatol. vol.99 no.2 Ciudad Autónoma de Buenos Aires jun. 2018

 

TRABAJO ORIGINAL DE INVESTIGACIÓN ESTADÍSTICA

Prevalencia de las dermatosis y comorbilidades en ancianos atendidos en un ambulatorio de dermatología

Prevalence of skin diseases and comorbidities in elderly in a dermatologic outpatient clinic

 

W Neumaier *, LFT Neumaier **, CM Turchiello *** y MA Lampert ****

*  Médico Dermatólogo.  Servicio de Dermatología.  Hospital Universitario de Santa María. 
**      Médico. Universidad Luterana de Brasil.
***     Académica Curso de Medicina. Universidad Luterana de Brasil.
****   Médica Internista. Servicio de Internación Domiciliaria del Hospital Universitario de Santa María. Profesora de la Maestría en Gerontología y del curso de Medicina de la Universidad Federal de Santa María.

Trabajo realizado en el Servicio de Dermatología del Hospital Universitario de Santa María.

Dirección postal: Av. Roraima 1000, prédio 22, Campus, bairro Camobi, Santa Maria, RS, Brasil. CEP 97105-900.

Teléfono de contacto: (55) 3221-5420

Mail de contacto: walterneumaier@terra.com.br

Los autores no poseemos ningún conflicto de interés.

Recibido: 12.01.2018.- Aceptado para su Publicación:  08.05.2018.


RESUMEN

Introducción: el número de ancianos en la población brasileña viene creciendo, alcanzando el 14,3% de la población en 2015. La expectativa de vida en Rio Grande do Sul es de 78,4 años en 2017. Los factores responsables por ello son la reducción de la mortalidad infantil, la caída de la fecundidad y el aumento de la expectativa de vida. En la literatura brasileña y mundial, existen pocos estudios sobre la prevalencia de las dermatosis en los ancianos.
Objetivos:este estudio tiene como objetivo caracterizar el perfil epidemiológico de las alteraciones de piel y comorbilidades que afectan a los ancianos atendidos en el ambulatorio de dermatología del Hospital Universitario de Santa María y la elaboración de un check-list para auxilio en el diagnóstico de dermatosis en las consultas de dermatología geriátrica.
Materiales y Métodos: se realizó un estudio transversal analizando datos recolectados entre mayo y agosto de 2016, siendo incluidos pacientes con edad ≥ 60 años.
Resultados: se evaluaron 349 pacientes, predominando el sexo femenino (54,2%), raza blanca (94,5%), enseñanza fundamental incompleta (58,8%), agricultor (51,6%) y 58,4% de los pacientes presentaban fototipo II. Las comorbilidades más prevalentes fueron hipertensión arterial sistémica (HAS), dislipidemia, diabetes mellitus y osteoporosis, además, encontramos que entre las 10 dermatosis más prevalentes, 7 están asociadas con la HAS. El carcinoma basocelular fue la neoplasia más encontrada, las dermatosis más prevalentes fueron queratosis actínica, xerosis cutánea, queratosis seborreica, arrugas y poiquilodermia.
Conclusiones: con base en los datos analizados, se montó un check-list para ayuda en el diagnóstico de las principales dermatosis asociadas a cada grupo de edad y las principales comorbilidades de esa población. Este estudio enfatiza la necesidad de que nuevas investigaciones sean realizadas para un mejor entendimiento de las dermatosis y comorbilidades del anciano.

PALABRAS CLAVE: anciano, dermatosis, neoplasias, hipertensión, diabetes mellitus.

SUMMARY

Introduction: the number of elderly people in the Brazilian population has been growing, reaching 14.3% of the population in 2015. The life expectancy in Rio Grande do Sul is 78.4 years in 2017. The factors responsible for this are the reduction of infant mortality, drop in fertility and increase in life expectancy. In the Brazilian and world literature, there are few studies on the prevalence of skin diseases in the elderly.
Objectives: this study aims to characterize the epidemiological profile of skin changes and comorbidities that affect the elderly attended at the dermatology outpatient clinic of the Santa Maria 's University Hospital and the development of a check-list to help in the diagnosis of dermatosis in the geriatric dermatology care.
Methods: a cross-sectional study was conducted analyzing data collected between May and August 2016, and included patients with ≥ 60 years old.
Results: a total of 349 patients were studied, predominantly female (54.2%), white (94.5%), incomplete elementary school (58.8%), farmer (51.6%) and 58.4% were phototype II. The most prevalent comorbidities were hypertension, dyslipidemia, diabetes mellitus and osteoporosis; in addition, we found that among of the 10 most prevalent dermatosis, 7 are associated with hypertension. Basal cell carcinoma was the most commonly neoplasm; the most prevalent skin diseases were actinic keratosis, cutaneous xerosis, seborrheic keratosis, wrinkles and poikiloderma.
Conclusions: based on the analyzed data, a check-list was set up to help in the diagnosis of the main skin diseases associated with each age group and the main comorbidities of this population. This study emphasizes the need for new research to be performed to better understand the dermatosis and comorbidities of the elderly.

KEY WORDS: aged, skin diseases, neoplasms, hypertension, diabetes mellitus.


 

INTRODUÇÃO

No Brasil, considera-se idoso todo o cidadão com 60 anos ou mais, de acordo com o Estatuto do Idoso 1. A proporção de idosos na população brasileira vem crescendo com o passar dos anos, sendo que em 2015 o número chegou a 14,3% da população 2.

A expectativa de vida ao nascer está aumentando nos últimos anos. Em 2017, a expectativa brasileira é de 75,99 anos, já em 2030 esse número chegará 78,64. No Rio Grande do Sul, a expectativa é de 78,4 anos em 2017 e de 80,84 anos em 2030 3.

O Brasil vive um momento de transição demográfica e os principais responsáveis pela alteração do perfil demográfico são a redução da mortalidade infantil, queda da fecundidade e aumento da expectativa de vida. No momento, o principal determinante é a diminuição da taxa de fecundidade. Patologias como as que alteram os sistemas cardiovascular, digestivo, respiratório, neurológico e também a pele são afetados pelo envelhecimento.

Mudanças metabólicas e degenerativas sofridas pela pele no processo conhecido como envelhecimento, torna a população geriátrica vulnerável diversas condições dermatológicas 4. Aproximadamente 40% das pessoas entre 56-75 anos e 83% das pessoas acima de 80 anos tem alguma dermatose, ao passo que 15% das crianças com menos de 10 anos são acometidas 5.

O envelhecimento pode ser classificado como intrínseco ou extrínseco. O envelhecimento intrínseco são mudanças caracterizadas pela ação cronológica natural sobre a pele, levando diminuição da sua espessura, redução da elasticidade devido a alterações no colágeno, queda do fluxo sanguíneo, redução da função imune e comprometimento do processo de reparação celular. O envelhecimento extrínseco resulta de fatores ambientais e hábitos de vida, como exposição solar crônica aos raios ultravioletas e ao tabagismo. Já é consenso que a exposição solar crônica está fortemente relacionada com as neoplasias cutâneas e outras dermatoses 4,6.

A imunodepressão torna esses pacientes mais suscetíveis certas infecções como candidíase, herpes-zóster, celulite, impetigo e escabiose norueguesa 7. Devidos alterações sofridas no processo do envelhecimento, algumas dermatoses tornam-se mais prevalentes nessa faixa etária: eczemas, prurido, ceratose actínica, ceratose seborreica, psoríase, pénfigo bolhoso, equimoses, úlceras de pressão, neoplasias e infecções virais, bacterianas e fúngicas 4,7,8.

Na literatura brasileira e mundial, existem poucos estudos sobre a prevaléncia de dermatoses nos idosos. Com o crescimento exponencial da população geriátrica, tornam-se necessários estudos deste tipo para que os médicos possam desempenhar sua função considerando peculiaridades dessa faixa etária. Este estudo tem como objetivo descrever a prevaléncia das manifestações dermatológicas e as comorbidades associadas em idosos em um ambulatório de dermatologia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) e desenvolver um check-list para auxiliar diagnósticos de dermatoses mais prevalentes nos pacientes idosos.

MÉTODOS

Foi realizado um estudo transversal analítico com os dados coletados entre maio e agosto de 2016 no Serviço de Dermatologia do HUSM, na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. O HUSM pertence a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e é um hospital terciário que atende somente usuários do Sistema Ãsnico de Saúde (SUS), cuja a área de cobertura abrange mais de 60 municípios da região central do Rio Grande do Sul.

A amostra total foi composta por 304 pacientes, sendo que o cálculo para determinação do tamanho amostral considerou a prevaléncia de 50% com erro amostral de 5% e o nível de significância também de 5%. Prevendo-se algumas perdas, optou-se por trabalhar com uma amostra maior. No caso, foram avaliados 349 pacientes.

Foram incluídos na amostra, pacientes com idade igual ou superior a 60 anos que apresentavam alguma das lesões cutâneas e as variáveis pesquisadas incluíam dados como sexo, idade, fototipo de Fitzpatrick, profissão, escolaridade, patologias associadas, história familiar de doenças dermatológicas e história prévia de câncer de pele. Foram excluídos da pesquisa pacientes que não concordaram em participar. O histórico familiar das doenças de pele foi indagado aos idosos ou seus acompanhantes, as manifestações dermatológicas foram coletadas através de exames dermatológicos e complementadas pelo exame dermatoscopico, se necessário.

Os bancos de dados estão instalados em dois computadores do pesquisador. Terminada a fase de digitação, todos os dados do banco foram impressos e conferidos com os questionários originais de coleta.

Após a coleta de dados, os resultados foram tabulados e analisados. Utilizou-se a construção de um banco de dados (Excel® 2007) e de um programa de análise específico para o cumprimento dos objetivos da pesquisa, o software Statistical Package for Social Science 15.0 (SPSS). Realizou-se a análise descritiva e testes não paramétricos para avaliação da associação da faixa etária com relação aos grupos de dermatoses, bem como com cada manifestação dermatológica avaliada, para este fim, foi utilizado o teste qui-quadrado, quando os pressupostos foram atendidos. Após a verificação da associação global entre as variáveis, verificou-se a existéncia de associação local entre categorias, calculando-se os resíduos ajustados. O resíduo ajustado tem distribuição normal com média zero e desvio padrão igual a 1. Desta forma, caso o resíduo ajustado seja maior que 1,96, em valor absoluto, pode-se dizer que há evidéncias de associação significativa entre as duas categorias naquela casela analisada. Quanto maior for o resíduo ajustado, maior a associação entre as categorias.

O teste qui-quadrado ainda foi utilizado para verificar a associação entre as manifestações dermatológicas e as seguintes variáveis: raça (branca/(preta, parda e outras)), hipertensão arterial sistémica (auséncia/presença), osteoporose (auséncia/presença), diabetes mellitus (auséncia/presença) e patologias associadas (auséncia/presença). Bem como para verificar a associação entre lesões malignas e diabetes mellitus.

Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comité de Ética e Pesquisa da UFSM, sob número CAAE: 55280016.5.0000.5346.

RESULTADOS

amostra estudada foi composta de 349 pacientes (idade ≥ 60 anos) atendidos no ambulatório de Dermatologia do HUSM de maio a agosto de 2016. Na amostra, 54,2% eram do sexo feminino, com média de idade de 70,02 (±7,92) anos, mínima 60 anos e máxima de 94 anos. Dentre os homens, a média de idade encontrada foi de 70,91(±7,82), com mínima de 60 e máxima de 95 anos. Não havendo diferença entre ambos os sexos em relação a idade (p=0,293).

 

Verifica-se que a maioria dos pacientes atendidos eram do sexo feminino (54,2%), raça branca (94,5%), com escolaridade definida como ensino fundamental incompleto (58,7%) com a profissão de agricultor (51,6%). (Tabela I)

 

Tabela I: Perfil dos 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Frequéncia

Percentual

Sexo

 

 

Masculino

160

45,8%

Feminino

189

54,2%

Raça

 

 

Branca

330

94,5%

Negra

2

0,6%

Parda

16

4,6%

Outras

1

0,3%

Escolaridade

 

 

Analfabeto

7

2,0%

EFI

205

58,7%

EFC

111

31,8%

EMC

21

6,0%

Outros (superior/pós)

5

1,4%

Profissão

 

 

Agricultor

179

51,6%

Do lar

115

33,1%

Outras

53

15,3%

Ignorado

Fitzpatrick

I

II

III

IV

V

VI

2

 

4

204

113

22

4

2

0,6%

 

1,1%

58,4%

32,3%

6,3%

1,1%

0,6%

 

Verifica-se a média de idade geral encontrada foi de 70,43 (±7,87) anos, variando de 60 anos a 95 anos. Os pacientes relataram, em sua maioria, tomar em média aproximadamente trés medicamentos diários, sendo que alguns disseram não tomar nenhum, enquanto um dos pacientes citou tomar treze medicações. A média do número de patologias associadas foi de aproximadamente duas por paciente, sendo que setenta pacientes citaram não ter nenhuma patologia associada, enquanto que um paciente citou ter oito. (Tabela II)

Tabela II: Análise descritiva variáveis numéricas dos 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Média

Desvio padrão

Mediana

Mínimo

Máximo

Idade

70,43

7,87

69,00

60

95

Nº de medicações em uso

2,74

2,77

2,00

0

13

Nº de patologias associadas

1,88

1,54

2,00

0,00

8,00

 

Verifica-se que existe associação significativa de algumas variáveis do perfil das pacientes em relação a faixa etária. Observa-se que existiu associação significativa da variável escolaridade com a faixa etária, sendo os pacientes analfabetos ou com ensino fundamental incompleto estão associados a faixa etária de 80 anos ou mais, enquanto que os pacientes com ensino fundamental completo ou ensino médio completo ou com ensino superior ou pós estão associados a faixa etária de 60 a 69 anos (p<0,001). (Tabela III)

Tabela III: Distribuição das características sócio-demográficas e clínicas na população total e de acordo com a faixa etária dos 349 pacientes no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Faixa etária

p-valor

60-69

N (%)

70-79

N (%)

≥80

N (%)

Sexo

 

 

 

 

Masculino

160(45,8%)

76(42,0%)

56(50,9%)

28(48,3%)

0,308

Feminino

189(54,2%)

105(58,0%)

54(49,1%)

30(51,7%)

Raça

 

 

 

 

Branca

330(94,6%)

171(94,5%)

106(96,4%)

53(91,4%)

0,399

Parda/negra/

ignorada

19(5,4%)

10(5,5%)

4(3,6%)

5(8,6%)

Escolaridade

 

 

 

 

Analfabeto

7(2,0%)

2(1,1%)

1(0,9%)

4(6,9%)

<0,001

Fundamental Incompleto

205(58,7%)

87(48,1%)

70(63,6%)

48(82,8%)

Fundamental completo

111(31,8%)

73(40,3%)

33(30,0%)

5(8,6%)

Médio completo/

superior/pós

26(7,4%)

19(10,5%)

6(5,5%)

1(1,7%)

Patologias associadas

 

 

 

 

Não

70(20,1%)

45(24,9%)

19(17,3%)

6(10,3%)

0,038

Sim

279(79,9%)

136(75,1%)

91(82,7%)

52(89,7%)

Nº de patologias associadas

 

 

 

 

Nenhuma

70(20,1%)

45(24,9%)

19(17,3%)

6(10,3%)

0,252

1 a 2

171(49,0%)

80(44,2%)

59(53,6%)

32(55,2%)

3 a 4

87(24,9%)

44(24,3%)

26(23,6%)

17(29,3%)

≥5

21(6,0%)

12(6,6%)

6(5,5%)

3(5,2%)

Medicação em uso

 

 

 

 

Não

86(24,6%)

53(29,3%)

27(24,5%)

6(10,3%)

0,014

Sim

263(75,4%)

128(70,7%)

83(75,5%)

52(89,7%)

Nº de medicações em uso

 

 

 

 

Nenhuma

86(24,6%)

53(29,3%)

27(24,5%)

6(10,3%)

0,062

1 a 2

114(32,7%)

55(30,4%)

37(33,6%)

32(37,9%)

3 a 4

64(18,3%)

36(19,9%)

20(18,2%)

8(13,8%)

5 a 6

48(13,8%)

19(10,5%)

17(15,5%)

12(20,7%)

≥7

37(10,6%)

18(9,9%)

9(8,2%)

10(17,2%)

Histórico familiar de dermatose

Não

297(85,1%)

152(84,0%)

96(87,3%)

49(84,5%)

0,738

Sim

52(14,9%)

29(16,0%)

14(12,7%)

9(15,5%)

Total

349

181

110

58

 

 

Outra associação significativa encontrada é da faixa etária com as patologias associadas (p=0,038), sendo que os pacientes com presença de patologias são mais prevalentes na faixa etária de 80 anos ou mais. Esta mesma associação foi encontrada para a variável referente ao uso de medicação (p=0,014). Sendo que 89,7% dos pacientes nessa faixa etária citaram ter alguma patologia associada, bem como fazer uso de alguma medicação. (Tabela III)

Constata-se a relação entre as principais patologias associadas com a faixa etária dos pacientes entrevistados. Onde evidencia-se que a HAS e DPOC estão associadas significativamente com a faixa etária de 80 anos ou mais (p<0,001) e (p=0,002), respectivamente. Ainda podemos observar que a HAS acomete 75,9% dos pacientes nessa faixa etária. Outra associação observada é da dislipidemia com a faixa etária de 60-69 anos (p=0,048), sendo que esta patologia acomete cerca de 26,5% dos pacientes nessa faixa etária. (Tabela IV)

Tabela IV: Frequéncia das principais patologias associadas na população total e de acordo com a faixa etária em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Faixa etária

p-valor

60-69

N (%)

70-79

N (%)

≥80

N (%)

HAS

200(57,3%)

86(47,5%)

70(63,6%)

44(75,9%)

<0,001

Dislipidemia

75(21,5%)

48(26,5%)

16(14,5%)

11(19,0%)

0,048

DM

64(18,3%)

33(18,2%)

15(13,2%)

16(27,6%)

0,085

Osteoporose

20(5,7%)

12(6,6%)

5(4,5%)

3(5,2%)

0,744

Hipotireoidismo

25(7,2%)

18(9,9%)

6(5,5%)

1(1,7%)

0,075

Depressão

22(6,3%)

15(8,3%)

6(5,5%)

1(1,7%)

0,183

Artrose

21(6,0%)

11(6,1%)

7(6,4%)

3(5,2%)

0,952

DPOC

17(4,9%)

4(2,2%)

5(4,5%)

8(13,8%)

0,002

Varizes

19(7,5%)

10(8,3%)

5(6,0%)

4(8,3%)

0,803

IC

22(6,3%)

8(4,4%)

8(7,3%)

6(10,3%)

0,239

Obesidade

11(3,2%)

8(4,4%)

3(2,7%)

0(0,0%)

0,234

Gastrite

13(3,7%)

7(3,9%)

6(5,5%)

0(0,0%)

0,205

Câncer

18(5,2%)

5(2,8%)

7(6,4%)

6(10,3%)

0,060

Outras

118(33,8%)

58(32,0%)

40(36,4%)

20(34,5%)

0,747

HAS: hipertensão arterial sistémica; DM: diabetes mellitus; DPOC: doença pulmonar obstrutiva crônica; IC: insuficiéncia cardíaca

 

Nota-se que existiu associação significativa entre alguns grupos de dermatoses com a faixa etária dos pacientes investigados. Observa-se que a faixa etária 80 anos ou mais está associada significativamente com o grupo de dermatoses: pruridos (p<0,001), úlceras (p=0,016), lesões pré-malignas (p<0,001) e com lesões malignas (p=0,004), enquanto que a faixa etária de 60 a 69 anos está associada significativamente a alterações ungueais (p=0,044) e a faixa etária de 70 a 79 anos está associada ao envelhecimento cutâneo e as lesões malignas (p=0,004). Os demais grupos de dermatoses não estão associados significativamente a nenhuma das faixas etárias específicas (p>0,05). (Tabela V)

Tabela V: Distribuição das manifestações dermatológicas dos grupos na população total e de acordo com a faixa etária em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Faixa etária

p-valor

60-69

N (%)

70-79

N (%)

≥80

N (%)

Ceratoses

175(50,1%)

86(47,5%)

55(50%)

34(58,6%)

0,338

Eczemas

64(18,3%)

37(20,4)

19(17,3%)

8(13,8%)

0,492

Pruridos

32(9,2%)

12(6,6%)

5(4,5%)

15(25,9%)

<0,001

Ãslceras

11(3,2%)

2(1,1%)

4(3,6%)

5(8,6%)

0,016

Envelhecimento

158(45,3%)

65(35,9%)

62(56,4%)

31(53,4%)

0,001

Infectocontagiosas

22(6,3%)

10(5,5%)

10(9,1%)

2(3,4%)

0,296

Intertrigos

32(9,2%)

17(9,4%)

9(8,2%)

6(10,3%)

0,889

Nevos

52(14,9%)

24(17,3%)

19(17,3%)

9(15,5%)

0,641

Tumores benignos

30(8,6%)

17(9,4%)

10(9,1%)

3(5,2%)

0,593

Lesões pré-malignas

209(59,9%)

90(49,7%)

69(62,7%)

50(86,2%)

<0,001

Lesões malignas

92(26,4%)

34(18,8%)

38(34,5%)

20(34,5%)

0,004

Alt. ungueais

52(14,9%)

35(19,3%)

11(10%)

6(10,3%)

0,044

Alt. de pelos

33(9,5%)

20(11%)

8(7,3%)

5(8,6%)

0,554

Outras

218(62,5%)

103(56,9%)

74(67,3%)

41(70,7%)

0,076

 

 

A relação entre as dermatoses dos grupos ceratoses, eczemas, pruridos e úlceras com a faixa etária dos pacientes investigados revela que existe associação significativa entre a faixa etária de 80 anos ou mais com eczema de estase (p=0,016) e com prurido senil (p<0,001), sendo que os pacientes nessa faixa etária são acometidos por essas doenças no percentual de 8,6% e 22,4%, respectivamente. (Tabela VI)

Tabela VI: Distribuição das manifestações dermatológicas dos grupos ceratoses, eczemas, pruridos e úlceras na população total e de acordo com a faixa etária em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Faixa etária

p-valor

60-69

N (%)

70-79

N (%)

≥80

N (%)

Ceratoses

 

 

 

 

 

Ceratose seborreica

132(37,8%)

60(33,1%)

43(39,1%)

29(50,0%)

0,067

Calosidade

19(5,4%)

10(5,5%)

5(4,5%)

4(6,9%)

0,814

Estucoceratose

7(2,0%)

2(1,1%)

4(3,6%)

1(1,7%)

0,323

Ceratose folicular

-

-

-

-

-

Eczemas

 

 

 

 

 

Eczema seborreico

30(8,6%)

20(11,0%)

7(6,4%)

3(5,2%)

0,229

Eczema de estase

10(2,9%)

3(1,7%)

2(1,8%)

5(8,6%)

0,016

Eczema de contato

6(1,7%)

4(3,1%)

2(1,9%)

0(0,0%)

0,528

Neurodermite

1(0,3%)

0(0,0%)

1(0,9%)

0(0,0%)

-

Outros eczemas

20(5,7%)

12(6,6%)

8(7,3%)

0(0,0%)

0,118

Pruridos

 

 

 

 

 

Prurido asteatósico

9(2,6%)

6(3,3%)

2(1,8%)

1(1,7%)

0,666

Prurido senil

22(6,3%)

6(3,3%)

3(2,7%)

13(22,4%)

<0,001

Prurigo

-

-

-

-

-

Prurido couro cabeludo

-

-

-

-

-

Ãslceras

 

 

 

 

 

Ãslcera por pressão

-

-

-

-

-

Ãslcera por estase

7(2,0%)

1(0,6%)

3(2,7%)

3(5,2%)

0,074

Mal perfurante plantar

-

-

-

-

-

Ãslcera arterial da perna

-

-

-

-

-

Ãslcera traumática

1(0,3%)

0(0,0%)

0(0,0%)

1(1,7%)

-

 

 

A relação entre as dermatoses do grupo referente ao envelhecimento cutâneo com a faixa etária dos indivíduos, demonstra que os pacientes pertencentes a faixa etária de 60 a 69 anos não estão associados significativamente com nenhuma das dermatoses estudadas (p>0,05). Já a faixa etária de 70 a 79 anos está associadas rugas (p<0,001), poiquilodermia (p<0,001) e pele romboidal (p=0,002). As mesmas associações significativas são encontradas para a faixa etária ≥ 80 anos. (Tabela VII)

Tabela VII: Distribuição das manifestações dermatológicas do grupo envelhecimento cutâneo na população total e de acordo com a faixa etária em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Faixa etária

p-valor

60-69

N (%)

70-79

N (%)

≥80

N (%)

Envelhecimento

 

 

 

 

 

Hipomelanose gutata

60(17,2%)

27(14,9%)

25(22,7%)

8(13,8%)

0,174

Rugas

91(26,1%)

31(17,1%)

39(35,5%)

21(36,2%)

<0,001

Telangiectasias

26(7,4%)

14(13,5%)

7(8,2%)

5(4,3%)

0,850

Atrofia

9(2,6%)

5(2,8%)

3(2,7%)

1(1,7%)

0,904

Poiquilodermia

82(23,5%)

24(13,3%)

35(31,8%)

23(39,7%)

<0,001

Pele Romboidal

61(17,5%)

19(10,5%)

28(25,5%)

14(24,1%)

0,002

Púrpura

8(2,3%)

4(2,2%)

3(2,7%)

1(1,7%)

0,913

Cicatriz estelar

6(1,7%)

1(0,6%)

2(1,8%)

3(5,2%)

0,062

Poros dilatados

-

-

-

-

-

Melasma

10(2,9%)

2(1,1%)

6(5,5%)

2(3,4%)

0,094

Hiperplasia sebácea

6(1,7%)

2(1,1%)

4(3,6%)

0(0,0%)

0,149

Pseudomillium coloide

2(0,6%)

1(0,6%)

0(0,0%)

1(0,6%)

-

Rinofima

2(0,6%)

1(0,6%)

1(0,9%)

0(0,0%)

-

Favre-racouchout

-

-

-

-

-

Palidez cutânea

2(0,6%)

0(0,0%)

1(0,9%)

1(1,7%)

-

Verifica-se que nenhuma das dermatoses dos grupos infectocontagiosas e intertrigos estão associadas significativamentes faixas etárias estudadas (p>0,05). Podemos observar que as dermatoses mais prevalentes nesses grupos foram outros intertrigos (n=13;3,7%), verrugas (n=12;3,4%) e interdigital-pés (n=12;3,4%). (Tabela VII)

Tabela VIII: Distribuição das manifestações dermatológicas dos grupos infectocontagiosas e intertrigos na população total e de acordo com a faixa etária em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Faixa etária

p-valor

60-69

N (%)

70-79

N (%)

≥80

N (%)

Infectocontagiosas

 

 

 

 

 

Foliculite

2(0,6%)

1(0,6%)

0(0,0%)

1(1,7%)

-

Verrugas

12(3,4%)

6(3,3%)

5(4,5%)

1(1,7%)

0,629

Erisipela

4(1,1%)

1(0,6%)

3(2,7%)

0(0%)

-

Candidíase

-

-

-

-

-

Herpes simples

1(0,3%)

1(0,6%)

0(0,0%)

0(0%)

-

Herpes-zóster

-

-

-

-

-

Outras infectocontagiosas

5(1,4%)

1(0,6%)

3(2,7%)

1(1,7%)

-

Intertrigos

 

 

 

 

 

Interdigital-pés

12(3,4%)

5(2,8%)

3(2,7%)

4(6,9%)

0,286

Submamário

2(0,6%)

1(0,6%)

1(0,9%)

0(0%)

-

Inguino-crural

8(2,3%)

5(2,8%)

2(1,8%)

1(1,7%)

0,830

Perleche

-

-

-

-

-

Outros intertrigos

13(3,7%)

7(3,9%)

6(5,5%)

0(0,0%)

0,205

 

As frequéncias dos grupos de dermatoses do tipo nevos, tumores benignos, lesões pré-malignas e malignas revela que a dermatose mais prevalente entre os pesquisados foi a ceratose actínica que acometeu 57,6% da amostra. Em relação a associação das dermatoses destes grupos com a faixa etária dos pacientes, verificou-se que existe associação significativa entre a faixa etária de 80 anos ou mais com a ceratose actínica (p<0,001), bem como existe associação significativa entre os pacientes pertencentes as faixas etárias acima de 70 anos com CBC (p=0,017). Observa-se ainda que nenhuma das faixas etárias estão associadas significativamente com os tipos de nevo e nem com os tumores benignos (p>0,05). (Tabela IX)

 

Tabela IX: Distribuição das manifestações dermatológicas dos grupos nevos, tumores benignos, lesões pré-malignas e malignas na população total e de acordo com a faixa etária em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Faixa etária

p-valor

60-69

N (%)

70-79

N (%)

≥80

N (%)

Nevos

Nevo rubi

32(9,2%)

14(7,7%)

14(12,7%)

4(6,9%)

0,290

Nevo melanocítico

18(5,2%)

8(4,4%)

6(5,5%)

4(6,9%)

0,748

Nevo azul

2(0,6%)

0(0,0%)

1(0,9%)

1(1,7%)

-

Outros nevos

5(1,4%)

5(2,8%)

0(0,0%)

0(0,0%)

-

Tumores benignos

 

 

 

 

 

Acrocórdons

11(3,2%)

7(3,9%)

4(3,6%)

0(0,0%)

0,320

Dermatose papulosa

2(0,6%)

1(0,6%)

1(0,9%)

0(0,0%)

-

Cisto epidérmico

7(2,0%)

4(2,2%)

1(0,9%)

0(0,0%)

0,515

Fibroma mole

7(2,0%)

5(2,8%)

2(1,8%)

0(0,0%)

0,420

Lipoma

4(1,1%)

1(0,6%)

1(0,9%)

2(3,4%)

-

Angioma estelar

2(0,6%)

2(1,1%)

0(0,0%)

0,0(%)

-

Lesões pré-malignas

Ceratose actínica

201(57,6%)

89(49,2%)

64(58,2%)

48(82,8%)

<0,001

Leucoplasia do lábio

2(0,6%)

1(0,6%)

1(0,9%)

0(0,0%)

-

Corno cutâneo

8(2,3%)

4(2,2%)

3(2,7%)

1(1,7%)

0,913

Lesões malignas

CBC

62(17,8%)

22(12,2%)

26(23,6%)

14(24,1%)

0,017

CEC

32(9,2%)

12(6,6%)

13(11,8%)

7(12,1%)

0,233

MM

9(2,6%)

4(2,2%)

4(3,6%)

1(1,7%)

0,685

CBC: carcinoma basocelular; CEC: carcinoma espinocelular; MM: melanoma maligno

Tabela X:  Distribuição das manifestações dermatológicas dos grupos alterações ungueais, alterações de pelos e outras na população total e de acordo com a faixa etária em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Faixa etária

p-valor

60-69

N (%)

70-79

N (%)

≥80

N (%)

Alterações ungueais

Estrias longitudinais

4(1,1%)

2(1,1%)

1(0,9%)

1(1,7%)

0,892

Auséncia de lúnula

-

-

-

-

-

Onicólise

16(4,6%)

12(6,6%)

3(2,7%)

1(1,7%)

0,159

Onicodistrofia

17(4,9%)

11(6,1%)

2(1,8%)

4(6,9%)

0,193

Melanoníquia

1(0,3%)

0(0,0%)

1(0,9%)

0(0,0%)

-

Leuconíquia

2(0,6%)

2(1,1%)

0(0,0%)

0(0,0%)

-

Outras alt. ungueais

33(9,5%)

23(12,7%)

7(6,4%)

3(5,2%)

0,095

Alterações dos pelos

Alopécia androg. Masc.

4(1,1%)

2(1,1%)

1(0,9%)

1(1,7%)

-

Canície

2(0,6%)

0(0,0%)

1(0,9%)

1(1,7%)

-

Hirsutismo

-

-

-

-

-

Madarose supra-ciliar

1(0,3%)

1(0,6%)

0(0,0%)

0(0,0%)

-

Alopécia androg. Fem.

12(3,4%)

8(4,4%)

4(3,6%)

0(0,0%)

0,272

Hipertricose de orelha

13(3,7%)

4(2,2%)

5(4,5%)

4(6,9%)

0,224

Outras alt. dos pelos

4(1,1%)

4(2,2%)

0(0,0%)

0(0,0%)

-

Outras

 

 

 

 

 

Xerose cutânea

139(39,8%)

54(29,8%)

49(44,5%)

36(62%)

<0,001

Dermatite ocre

9(2,6%)

5(2,8%)

3(2,7%)

1(1,7%)

0,904

Comedão

-

-

-

-

-

Cisto de millium

2(0,6%)

2(1,1%)

0(0,0%)

0(0,0%)

-

Cicatriz

4(1,1%)

0(0,0%)

3(2,7%)

1(1,7%)

-

Vitiligo

11(3,2%)

6(3,3%)

5(4,5%)

0(0,0%)

0,272

Hanseníase

-

-

-

-

-

Outras dermatoses

31(8,9%)

22(12,2%)

8(7,3%)

1(1,7%)

0,040

Melanose solar

61(17,5%)

30(16,6%)

22(20%)

9(15,5%)

0,690

Rosácea

14(4,0%)

10(5,5%)

4(3,6%)

0(0,0%)

0,170

Psoríase

28(8,0%)

22(12,2%)

5(4,5%)

1(1,7%)

0,011

 

Verifica-se que existe associação significativa entre a faixa etária de 80 anos ou mais com a xerose cutânea (p<0,001), acometendo 62% dos pacientes, essa dermatose acomete cerca de 40% da população geral do estudo. Outra associação significativa encontrada foi entre outras dermatoses e a faixa etária de 60 a 69 anos (p=0,040), sendo que essas outras dermatoses são diagnosticadas em 12,2% dessa faixa etária. Demonstra-se ainda, a associação significativa da faixa etária de 60 a 69 anos com a psoríase (p=0,011), onde 12,2% dos pacientes desta faixa etária são acometidos por esse tipo de dermatose. (Tabela X)

 

Tabela XI: Distribuição das 30 manifestações dermatológicas mais prevalentes na população total e de acordo com a raça em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Raça

p-valor

Branca

N (%)

Outras

N (%)

Ceratose actínica

201(57,6%)

196(59,4%)

5(26,3%)

0,005

Xerose cutânea

139(39,8%)

132(40,0%)

7(36,8%)

0,785

Ceratose seborreica

132(37,8%)

128(38,8%)

4(21,1%)

0,121

Rugas

91(26,1%)

87(26,4%)

4(21,1%)

0,608

Poiquilodermia

82(23,5%)

79(23,9%)

3(15,8%)

0,415

CBC

62(17,8%)

59(17,9%)

3(15,8%)

0,817

Pele Romboidal

61(17,5%)

61(18,5%)

0(0,0%)

0,039

Melanose solar

61(17,5%)

60(18,2%)

1(5,3%)

0,149

Hipomelanose gutata

60(17,2%)

57(17,3%)

3(15,8%)

0,868

Outras alt. ungueais

33(9,5%)

33(10,0%)

0(0,0%)

0,147

Nevo Rubi

32(9,2%)

32(9,7%)

0(0,0%)

0,154

CEC

32(9,2%)

32(9,7%)

0(0,0%)

0,154

Outras dermatoses

31(8,9%)

29(8,8%)

2(10,5%)

0,796

Eczema seborreico

30(8,6%)

28(8,5%)

2(10,5%)

0,758

Psoríase

28(8,0%)

24(7,3%)

4(21,1%)

0,032

Telangiectasias

26(7,4%)

25(7,6%)

1(5,3%)

0,709

Prurido senil

22(6,3%)

20(6,1%)

2(10,5%)

0,436

Outros eczemas

20(5,7%)

17(5,2%)

3(15,8%)

0,052

Calosidade

19(5,4%)

17(5,2%)

2(10,5%)

0,315

Nevo melanocítico

18(5,2%)

16(4,8%)

2(10,5%)

0,277

Onicodistrofia

17(4,9%)

17(5,2%)

0(0,0%)

0,310

Onicólise

16(4,6%)

15(4,5%)

1(5,3%)

0,884

Rosácea

14(4,0%)

14(4,2%)

0(0,0%)

0,359

Outros intertrigos

13(3,7%)

12(3,6%)

1(5,3%)

0,716

Hipertricose de orelha

13(3,7%)

12(3,6%)

1(5,3%)

0,716

Interdigital-pés

12(3,4%)

12(3,6%)

0(0,0%)

0,398

Verrugas

12(3,4%)

12(3,6%)

0(0,0%)

0,398

Alopecia androg. Fem.

12(3,4%)

11(3,3%)

1(5,3%)

0,653

Acrocórdons

11(3,2%)

10(3,0%)

1(5,3%)

0,588

Vitiligo

11(3,2%)

10(3,0%)

1(5,3%)

0,588

Outras raças: negros/pardos/ignorado; CBC: carcinoma basocelular; CEC: carcinoma espinocelular

 

Ao relacionarmos as 30 manifestações dermatológicas mais prevalentes com a raça dos pacientes estudados, evidencia-se que a raça branca está associada a ceratose actínica (p=0,005) e pele romboidal (p=0,039) e as outras raças (negra, parda e ignorado) estão associadas a psoríase (p=0,032). (Tabela XI)

 

Tabela XII: Distribuição das 10 manifestações dermatológicas mais prevalentes na população total e sua associação com hipertensão arterial sistémica em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Hipertensão Arterial Sistémica

p-valor

Não

N (%)

Sim

N (%)

Ceratose actinica

201(57,6%)

73(49,0%)

128(64,0%)

0,005

Xerose cutânea

139(39,8%)

49(32,9%)

90(45,0%)

0,022

Ceratose seborreica

132(37,8%)

46(30,9%)

86(43,0%)

0,021

Rugas

91(26,1%)

25(16,8%)

66(33,0%)

0,001

Poiquilodermia

82(23,5%)

26(17,4%)

56(28,0%)

0,021

CBC

62(17,8%)

23(15,4%)

39(19,5%)

0,326

Pele Romboidal

61(17,5%)

19(12,8%)

42(21,0%)

0,045

Melanose solar

61(17,5%)

27(18,1%)

34(17,0%)

0,785

Hipomelanose gutata

60(17,2%)

17(11,4%)

43(21,5%)

0,013

Outras alt. ungueais

33(9,5%)

16(10,7%)

17(8,5%)

0,480

CBC: carcinoma basocelular

 

Quando avaliada a associação dos pacientes com HAS em relação as dermatoses, nota-se que das 10 dermatoses mais prevalentes, 7 tem associação significativa com a HAS. Observa-se que existe associação significativa da HAS com a ceratose actínica (p=0,005), com xerose cutânea (p=0,022), com ceratose seborreica (p=0,021), com rugas (p=0,001), com poiquilodermia (p=0,021), com pele romboidal (p=0,045) e com hipomelanose gutata (p=0,013). (Tabela XII)

 

Tabela XIII: Distribuição das 10 manifestações dermatológicas mais prevalentes na população total e sua associação com Osteoporose em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Osteoporose

p-valor

Não

N (%)

Sim

N (%)

Ceratose actínica

201(57,6%)

192(58,4%)

9(45,0%)

0,241

Xerose cutânea

139(39,8%)

133(40,4%)

6(30,0%)

0,355

Ceratose seborreica

132(37,8%)

127(38,6%)

5(25,0%)

0,223

Rugas

91(26,1%)

88(26,7%)

3(15,0%)

0,245

Poiquilodermia

82(23,5%)

79(24,0%)

3(15,0%)

0,356

CBC

62(17,8%)

56(17,0%)

6(30,0%)

0,140

Pele romboidal

61(17,5%)

61(18,5%)

0(0,0%)

0,034

Melanose solar

61(17,5%)

54(16,4%)

7(35,0%)

0,034

Hipomelanose gutata

60(17,2%)

56(17,0%)

4(20,0%)

0,732

Outras alt. ungueais

33(9,5%)

32(9,7%)

1(5,0%)

0,417

CBC: carcinoma basocelular

 

Houve associação entre a presença de osteoporose com melanose solar (p=0,034), ainda, verificou-se que os pacientes sem osteoporose estão associados pele romboidal (p=0,034). (Tabela XIII)

 

Tabela XIV: Distribuição das 10 manifestações dermatológicas mais prevalentes na população total e sua associação com diabetes mellitus em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Diabetes mellitus

p-valor

Não

N (%)

Sim

N (%)

Ceratose actínica

201(57,6%)

168(58,9%)

33(51,6%)

0,280

Xerose cutânea

139(39,8%)

111(38,9%)

28(43,8%)

0,478

Ceratose seborreica

132(37,8%)

105(36,8%)

27(42,2%)

0,426

Rugas

91(26,1%)

64(22,5%)

27(42,2%)

0,001

Poiquilodermia

82(23,5%)

59(20,7%)

23(35,9%)

0,009

CBC

62(17,8%)

53(18,6%)

9(14,1%)

0,391

Pele romboidal

61(17,5%)

42(14,7%)

19(29,7%)

0,004

Melanose solar

61(17,5%)

48(16,8%)

13(20,3%)

0,509

Hipomelanose gutata

60(17,2%)

44(15,4%)

16(25,0%)

0,067

Outras alt. ungueais

33(9,5%)

25(8,8%)

8(12,5%)

0,357

 

Existiu associação significativa entre DM, rugas (p=0,001), poiquilodermia (p=0,009) e pele romboidal (p=0,004). (Tabela XIV)

 

Tabela XV: Distribuição das lesões malignas na população total e sua associação com comorbidades em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Diabetes mellitus

p-valor

Não

N (%)

Sim

N (%)

Lesões malignas

CBC

62(17,8%)

53(18,6%)

62(14,1%)

0,391

CEC

32(9,2%)

30(10,5%)

2(3,1%)

0,064

MM

9(2,6%)

9(3,2%)

0(0,0%)

0,150

CBC: carcinoma basocelular; CEC: carcinoma espinocelular; MM: melanoma maligno

 

Verifica-se que não existiu associação significativa de nenhuma das lesões malignas com a DM. Percebe-se, ainda, que dentre as pessoas diabéticas a lesão mais prevalente é o CBC e nenhum paciente apresentava melanoma. (Tabela XV)

 

Tabela XVI: Distribuição das 10 manifestações dermatológicas mais prevalentes na população total e sua associação com dislipidemia em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Dislipidemia

p-valor

Não

N (%)

Sim

N (%)

Ceratose actinica

201(57,6%)

156(56,9%)

45(60,0%)

0,634

Xerose cutânea

139(39,8%)

116(42,3%)

90(30,7%)

0,067

Ceratose seborreica

132(37,8%)

104(38,0%)

28(37,3%)

0,391

Rugas

91(26,1%)

76(27,7%)

15(20,0%)

0,176

Poiquilodermia

82(23,5%)

70(25,5%)

12(16,0%)

0,084

CBC

62(17,8%)

52(19,0%)

10(13,3%)

0,257

Pele Romboidal

61(17,5%)

55(20,1%)

6(8,0%)

0,015

Melanose solar

61(17,5%)

44(16,1%)

17(22,7%)

0,182

Hipomelanose gutata

60(17,2%)

31(18,6%)

9(12,0%)

0,179

Outras alt. ungueais

33(9,5%)

26(9,5%)

7(9,3%)

0,967

CBC: carcinoma basocelular

 

Verifica-se a existéncia de associação significativa entre a dislipidemia e a pele romboidal, sendo que os pacientes não dislipidémicos apresentam maior prevaléncia desta dermatose. (Tabela XVI)

 

Tabela XVII: Distribuição das 30 manifestações dermatológicas mais prevalentes na população total e sua associação com patologias associadas em 349 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do HUSM entre maio e agosto de 2016.

Variáveis

Total

Patologias associadas

p-valor

Não

N (%)

Sim

N (%)

Ceratose actínica

201(57,6%)

36(51,4%)

165(59,1%)

0,243

Xerose cutânea

139(39,8%)

28(40,0%)

111(39,8%)

0,974

Ceratose seborreica

132(37,8%)

21(30,0%)

111(39,8%)

0,131

Rugas

91(26,1%)

11(15,7%)

80(28,7%)

0,027

Poiquilodermia

82(23,5%)

13(18,6%)

69(24,7%)

0,177

CBC

62(17,8%)

15(21,4%)

47(16,8%)

0,370

Pele romboidal

61(17,5%)

12(17,1%)

49(17,6%)

0,934

Melanose solar

61(17,5%)

5(7,1%)

56(20,1%)

0,011

Hipomelanose gutata

60(17,2%)

11(15,7%)

49(17,6%)

0,714

Outras alt. ungueais

33(9,5%)

8(11,4%)

25(9,0%)

0,528

Nevo rubi

32(9,2%)

5(7,1%)

27(9,7%)

0,511

CEC

32(9,2%)

8(11,4%)

24(8,6%)

0,464

Outras dermatoses

31(8,9%)

6(8,6%)

25(9,0%)

0,918

Eczema seborreico

30(8,6%)

6(8,6%)

24(8,6%)

0,993

Psoríase

28(8,0%)

7(10,0%)

21(7,5%)

0,496

Telangiectasias

26(7,4%)

8(11,4%)

18(6,5%)

0,156

Prurido senil

22(6,3%)

2(2,9%)

20(7,2%)

0,184

Outros eczemas

20(5,7%)

7(10,0%)

13(4,7%)

0,086

Calosidade

19(5,4%)

4(5,7%)

15(5,4%)

0,911

Nevo melanocítico

18(5,2%)

4(5,7%)

14(5,0%)

0,814

Onicodistrofia

17(4,9%)

4(5,7%)

13(4,7%)

0,714

Onicólise

16(4,6%)

4(5,7%)

12(4,3%)

0,613

Rosácea

14(4,0%)

6(8,6%)

8(2,9%)

0,030

Outros intertrigos

13(3,7%)

4(5,7%)

9(3,2%)

0,326

Hipertricose orelha

13(3,7%)

3(4,3%)

10(3,6%)

0,782

Interdigital-pés

12(3,4%)

3(4,3%)

9(3,2%)

0,663

Verrugas

12(3,4%)

4(5,7%)

8(2,9%)

0,242

Alopecia androg. fem.

12(3,4%)

1(1,4%)

11(3,9%)

0,302

Acrocórdons

11(3,2%)

1(1,4%)

10(3,6%)

0,356

Vitiligo

11(3,2%)

1(1,4%)

10(3,6%)

0,356

CBC: carcinoma basocelular; CEC: carcinoma espinocelular

 

Observa-se que existiu associação significativa entre a presença de patologias associadas com rugas (p=0,027) e melanose solar (p=0,011). Outra associação significativa encontrada refere a auséncia de patologias associadas com rosácea (p=0,03). (Tabela XVII)

Frente aos achados descritos, criamos um check-list para auxílio no diagnóstico das dermatoses nas consultas geriátricas. Relacionamos as mais prevalentes com as principais doenças sistémicas associadas (HAS, DM, osteoporose e dislipidemia) e a faixa etária (60-69 anos, 70-79 anos e ≥ 80 anos), podendo assim, traçar um caminho mais fácil para o diagnóstico. (Figura 1)


Fig 1: Check-list das dermatoses mais prevalentes associadas com doenças sistémicas e faixa etária.

 

DISCUSSÃO

A população idosa está crescendo e, concomitante a isso, a prevaléncia das dermatoses nessa população. No presente estudo, prevaleceu a raça branca em 94,5% dos casos assim como nos estudos realizados nas cidades de Santos 6 (86%) e Volta Redonda 9 (67,5%).

Dentre as doenças sistémicas, houve maior prevaléncia de HAS, dislipidemia e DM assim como no estudo realizado em Taiwan 10. Já nos estudos realizados na Polônia 11 e Índia 12, HAS e DM também estavam entre as mais prevalentes. HAS e DPOC estavam estatisticamente associadas com a faixa etária ≥ 80 anos, assim como dislipidemia estava associada com a faixa etária de 60-69 anos.

Os grandes grupos de dermatoses mais prevalentes foram outras dermatoses (62,5%), pré-malignas (59,9%), ceratoses (50,1%) e envelhecimento (45,3%). Esses dados variam em outros estudos, onde foram encontrados como mais prevalentes os eczemas 13, infectocontagiosas 9, neoplasias malignas 14 e prurido 12.

A segunda dermatose mais prevalente foi a xerose cutânea com 39,8% dos casos. Esta alta prevaléncia também foi encontrada em um estudo polonés em que correspondia a 58,6% 11. Já na faixa etária ≥ 80 anos, nosso estudo apresentou 62,1% (p<0,001) dos pacientes com xerose, fato que não ocorreu em outro estudo brasileiro, onde correspondia a 11,4% 15. Essa discrepância entre nossos estudos pode ser justificada pelo fato de que foram levadas em conta apenas as queixas primárias e secundárias de cada paciente ≥ 80 anos neste outro trabalho. A ceratose seborreica é uma dermatose extremamente comum e estava presente em 37,8% dos pacientes atendidos. Em outros estudos, mostrou-se mais prevalente ainda, estando presente de 46,6% a 56% dos pacientes 6,11,12.

No nosso estudo, nenhuma das dermatoses do grupo infectocontagiosas e intertrigos alcançaram associação significativas faixas etárias estudadas.

O herpes-zóster é causada pela reativação do vírus varicela-zóster, latente nos gânglios das raízes dorsais da medula espinhal. Em outros estudos, apresentou-se como uma dermatose prevalente na população idosa 12-14,16,17. Curiosamente, no nosso estudo não houve casos dessa doença, o que provavelmente deve-se ao fato de esses pacientes buscarem atendimento nas emergéncias quando estão com lesões e, quando chegam ao nosso ambulatório, já realizaram o tratamento com melhora das mesmas.

A ceratose actínica pode ser encontrada em todas as raças, mas é mais comum em pessoas de pele clara, em nosso estudo, houve associação estatística entre a raça branca e ceratose actínica. Quanto a topografia, a grande maioria ocorre na cabeça, pescoço e membros superiores 18, sendo considerado fator de risco para o desenvolvimento de CEC invasivo 18,19. Nosso estudo verificou que as lesões pré-malignas foram as mais comuns em todas as faixas etárias. Dentre essas, a mais comum foi a ceratose actínica (57,6%), e está estatisticamente associada com a faixa etária ≥ 80 anos (p<0,001). Esse fato também ocorreu na faixa etária ≥ 80 anos no estudo realizado em São Paulo 15, mas não ocorreu em Taiwan 14.

O câncer de pele não melanoma é a neoplasia maligna mais comum em ambos os sexos no Brasil 20. O CBC é a neoplasia cutânea mais comum, sendo responsável por 70% dos casos 19. A taxa de incidéncia do CBC também aumenta com a idade, e a idade média do diagnóstico é de 68 anos 18. Dentre as neoplasias malignas, a prevaléncia se mostrou compatível com a literatura, tendo o CBC como mais prevalente, seguido de CEC e melanoma. Houve associação entre CBC e as faixas etárias de 70-79 anos e ≥ 80 anos.

A pele romboidal caracteriza-se por enrugamento e franzimento cutâneo profundo associado a uma textura semelhante a couro principalmente devido aos efeitos crônicos do fotoenvelhecimento em pacientes de pele clara 18 e, em nosso estudo, também esteve estatisticamente associada com a raça branca. A psoríase, doença cutânea poligénica imunomediada, caracterizada por placas eritemato-descamativas, estava associada com as outras raças (negros, pardos e ignorado).

Nos pacientes hipertensos, houve associação estatística entre essa patologia e ceratose actínica, xerose cutânea, ceratose seborreica, rugas, poiquilodermia, pele romboidal e hipomelanose gutata. Quanto osteoporose, a melanose solar esteve estatisticamente associada com seu diagnóstico, já sua auséncia esteve associada com a presença de pele romboidal.

Em Taiwan, foi realizado um estudo transversal com 313 pacientes, sendo 70 deles portadores de DM. As dermatoses mais prevalentes nesses pacientes foram infecções fúngicas, dermatopatia diabética, púrpura e escabiose. Encontrou-se uma significância estatisticamente comprovada entre DM e úlceras crônicas, dermatopatia diabética e prurido10. Já em nosso estudo, as mais prevalentes em diabéticos foram ceratose actínica, xerose cutânea, ceratose seborreica e rugas, mas houve associação significativa apenas entre DM e poiquilodermia, rugas e pele romboidal. Não houve associação estatística entre as neoplasias malignas e DM.

CONCLUSÕES

A população idosa está aumentando exponencialmente com a diminuição da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida e com isso, as consultas geriátricas aumentarão em número, trazendo suas particularidades em todas as especialidades. Na dermatologia, ocorre um aumento da incidéncia de doenças pouco comuns nas outras faixas etárias, o que dificulta o diagnóstico para os médicos, ainda mais quando se tem pouca experiéncia com essa população.

Várias das manifestações dermatológicas encontradas em nosso estudo são passíveis de prevenção, necessitando abranger o processo de educação em saúde e desenvolvendo atitudes preventivas dessas dermatoses geriátricas na população. Tendo como principal objetivo o envelhecimento saudável, é função das políticas de saúde alcançar o resultado de um envelhecimento ativo e saudável. Recomendamos que novos estudos sejam feitos para desenvolvermos uma melhor logística no atendimento das alterações cutâneas do idoso. Por último, ao entendermos essas alterações, buscaremos novas ações terapéuticas e medidas preventivas.

REFERÊNCIAS

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