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Acta toxicológica argentina

On-line version ISSN 1851-3743

Acta toxicol. argent. vol.20 no.2 Ciudad Autónoma de Buenos Aires July/Dec. 2012

 

ARTÍCULOS

Ocorrência de sintomas respiratórios em trabalhadores de oficinas de pintura automotiva na região do Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil

Occurrence of respiratory symptoms in automotive shop workers from Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brazil

 

Dellaméa, Maria de Fátima F.1; Siebel, Anna Maria1; Machado de Souza, Rafael1; Basso da Silva, Luciano2*;Teixeira, Paulo José Z. 2,3

1Universidade Feevale, RS 239, 2755. CEP 93352-000, Novo Hamburgo, RS, Brasil. Tel. +55 51 35868800, fax +55 51 35868836.
2
Programa de Pós Graduação em Qualidade Ambiental, Universidade Feevale, Novo Hamburgo (RS), Brasil.
3
Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre (RS), Brasil.

*lucianosilva@feevale.br

Recibido: 22 de marzo de 2012
Aceptado: 22 de agosto de 2012

 


Resumo. Pintores, em geral, estão expostos a uma grande variedade de substâncias químicas que podem induzir doenças respiratórias. O objetivo deste estudo foi verifcar a ocorrência de sintomas respiratórios, assim como estimar parâmetros de função pulmonar, em trabalhadores de ofcinas automotivas na região do Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil. Foi realizado um estudo transversal com 20 trabalhadores do gênero masculino, no qual os dados foram obtidos através de entrevistas e espirometria. Foi observado que 90% dos trabalhadores apresentaram sintomas respiratórios de vias aéreas superiores e 35% exibiram manifestações de vias aéreas inferiores. Asma brônquica ocupacional foi observada em 15% dos trabalhadores, e rinite alérgica e rinite ocupacional em 10%. A presença de problemas respiratórios pode estar associada ao uso reduzido de equipamentos de proteção individual.

Palavras chave: Sintomas respiratórios; Função pulmonar, Pintores automotivos; Exposição ocupacional.

Abstract. Painters in general are exposed to a wide variety of hazardous substances and several of these chemicals may induce respiratory disease. The aim of this study was to investigate the occurrence of respiratory symptoms and lung function in automotive shop workers in the Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brazil. A cross sectional study was performed with 20 male workers, in which data were collected through interviews and spirometry. It was foundt hat 90% of workers had respiratory symptoms of upper airway and 35% had lower airway manifestations. Occupational asthma was observed in 15% of workers and occupational rhinitis and allergic rhinitis in 10%. The presence of respiratory problems may be associated with reduced use of personal protective equipment.

Keywords: Respiratory symptoms; Lung function; Automotive painters; Occupational exposure.


 

INTRODUQÁO

Pintores estáo expostos a urna ampia variedade de substâncias que oferecem risco á saúde, como hidrocarbonetos aromáticos, hidrocarbonetos alifáticos, cetonas, álcoois e ésteres, os quais são componentes de tintas, thinners, catalisadores e outros materiais de pintura (Lee et al. 2003). A pintura automotiva também está entre as profssóes que resultam em exposigáo a metáis pesados, tais como chumbo, cadmio e cromo. Durante as atividades de pintura, componentes metálicos fcam dispersos e suspensos no ar por um período de tempo sufciente para serem inalados (Vitayavirasuk et al. 2005).

Os isocianatos são compostos com baixo peso molecular e alta reatividade amplamente utilizados na produção de vários produtos, incluindo tintas, resinas e selantes (Sparer et al. 2004). A exposição aos diisocianatos é causa conhecida de difculdade respiratória, asma e diminuição da função pulmonar (Tornling et al. 1990; Randolph et al. 1997; Glindmeyer et al. 2004). No Brasil, ofcinas de reparação de veículos automotores constituem um ramo de atividade caracterizado por organizarse na forma de micro e pequenas empresas. Embora constitua atividade cujos trabalhadores estejam expostos a numerosos agentes agressores à saúde, trata-se de um ramo ainda muito pouco estudado (Binder et al. 2001). Recentemente, foi demonstrado que na região do Vale do Rio dos Sinos, no Estado do Rio Grande do Sul, os trabalhadores de ofcinas automotivas apresentam taxas elevadas de danos ao DNA, indicando exposição ocupacional a substâncias químicas (Siebel e Basso da Silva 2010). O objetivo do presente trabalho é avaliar a ocorrência de sintomas respiratórios e a função pulmonar em trabalhadores de ofcinas automotivas desta mesma região.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizado um estudo do tipo observacional, de caráter exploratório, com delineamento transversal. O mesmo foi realizado com 20 trabalhadores do gênero masculino, os quais trabalhavam diretamente com substâncias químicas em quatro ofcinas de pintura automotiva na cidade de Novo Hamburgo, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A escolha dos locais deu-se de forma aleatória, em função do consentimento dos proprietários das ofcinas para a realização do estudo. Nestas ofcinas, foram convidados a participar os trabalhadores que estavam ocupacionalmente expostos a produtos químicos da pintura automotiva, os quais desempenhavam as funções de pintores, preparadores e coloristas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Feevale. Após a leitura e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, procedia-se a aplicação de um questionário para colher informações sobre a presença de diversos sintomas respiratórios e as condições do ambiente de trabalho. O questionário para identifcação dos sintomas respiratórios foi adaptado e estruturado a partir de um questionário validado e utilizado em outros dois estudos (Menezes et al. 2005; Costa et al. 2007). O questionário foi composto por 95 perguntas, entre as quais 81 fechadas e 14 abertas. Para avaliar a função pulmonar destes indivíduos, foi realizado o exame de espirometria, com um aparelho MicroLab 3500 da Micro Medical. Antes de proceder ao exame, foi aplicado um questionário para detectar possíveis problemas que contraindicassem a sua realização. Quando não havia contraindicações, os indivíduos foram submetidos à espirometria, que consistia na colocação de um bucal descartável na boca, conectado ao aparelho e um clipe nasal, para que não ocorresse perda de ar pelo nariz. Foi solicitado ao indivíduo que realizasse urna inspiragáo profunda e urna expiragáo forgada e prolongada. Após três destas manobras, os maiores valores obtidos da capacidade vital forgada (CVF) e do volume expiratório forgado no primeiro segundo (VEF.,) foram escolhidos para a interpretagáo do teste. Quando alteragóes foram detectadas nesta primeira fase, procedeu-se á aplicagáo de 200 microgramas do broncodilatador fenoterol para a prova farmacodinámica. Quinze minutos após a aplicagáo do broncodilatador três manobras semelhantes á descrita anteriormente foram repetidas, bem como a escolha dos maiores valores de CVF e VEF, obtidos. Sob o enfoque mais ampio, os participantes foram classifcados como portadores ou não de manifestagóes respiratórias das vias aéreas superiores e inferiores. Como portadores de sinais e síntomas específcos das vias aéreas superiores, foram classifcados os indivíduos que apresentavam prurido nasal, secregáo nasal, espirro e/ou obstrugáo nasal. Como portadores de sinais e síntomas das vias aéreas inferiores foram classifcados os indivíduos referindo sibilos (chiado no peito), tosse, expectoragáo, dispneia, expectoragáo crónica, dispneia no trabalho, sibilos no trabalho, tosse crónica (três ou mais semanas de duragáo) e os diagnósticos clínicos de asma brónquica e rinite alérgica. Um caso de asma brónquica foi defnido pela presenga de dispneia, tosse, sibilos ou opressáo retroesternal recorrente, nos últimos anos, após quadro gripal ou não, especialmente quando o indivíduo estava de folga do trabalho, ou viajando, e apresentava história de asma na infância (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia 2004). A asma ocupacional foi defnida mediante a presenga destes síntomas, no período em que se encontrava trabalhando (Fernandes et al. 2006). A rinite alérgica foi defnida na presenga de prurido nasal, obstrugáo nasal e/ou secregáo nasal, além da presenga de espirros frequentes; e a rinite ocupacional foi defnida na presenga destes síntomas durante o período de trabalho (Ibiapina et al. 2008).

RESULTADOS E DISCUSSÁO

Os trabalhadores apresentaram urna média de idade de 32,4 ± 13,5 anos (variagáo de 19 a 45 anos), sendo 80% destes com escolaridade até o ensino fundamental. A prevaléncia de tabagismo foi de 40,0%. O tempo médio de exposigáo diária a substâncias químicas foi de 9 horas, durante cinco dias por semana. Mais da metade (61%) do total de indivíduos declarou estar nesta atividade há mais de dez anos. Foi observado que o equipamento de proteção específico para o aparelho respiratório, como a máscara, era sempre usado por somente 15% dos 20 trabalhadores (40% utilizavam às vezes e 45% não utilizavam).

A presença de manifestações respiratórias de vias aéreas superiores (VAS) foi detectada em 18 trabalhadores investigados (90%), sendo a obstrução nasal a mais comum (15 trabalhadores ou 75,0%), seguida de espirros em salva (67,4%), e secreção e prurido nasal (20,0%) (Figura 1). Aproximadamente 50% dos trabalhadores apresentaram obstrução nasal e espirro durante o trabalho. A obstrução nasal também foi o sintoma respiratório mais frequente em pintores automotivos na Tailândia (Vitayavirasuk et al. 2005). Em relação ao diagnóstico de doenças das VAS, dois trabalhadores (10,0%) apresentaram rinite ocupacional e dois apresentaram rinite alérgica.


Figura 1. Frequência de manifestações respiratórias de vias aéreas superiores em trabalhadores de ofcina automotiva (n=20).

Manifestações das vias aéreas inferiores (VAI) foram detectadas em sete trabalhadores (35,0%). Dentre as manifestações mais comuns nas VAI, observou-se a presença de expectoração, tosse e dispneia em, respectivamente, 30,0%, 20,0% e 5,0% dos trabalhadores (Figura 2). Com relação às manifestações das VAI no local de trabalho, seis trabalhadores (30,0%) relataram a presença mais frequente de expectoração e dois (10%) relataram a presença de tosse. A presença de sibilos não foi detectada e a dispneia pós-exposição, ou durante o trabalho, foi relatada por apenas um trabalhador (5,0%).


Figura 2. Frequência de manifestações respiratórias de vias aéreas inferiores em trabalhadores de ofcina automotiva (n=20).

Em um estudo realizado na Noruega, não foi observada diferença signifcativa entre pintores automotivos e um grupo controle de indivíduos não expostos a substâncias químicas com relação à ocorrência de sintomas respiratórios agudos, incluído das vias aéreas superiores. Entretanto, deve ser ressaltado que as amostras de ar dos locais de trabalho indicaram baixo nível de exposição a solventes orgânicos e que todos os trabalhadores relataram o uso de equipamentos de proteção individual (Moen e Hollund 2000). No presente estudo, asma brônquica foi diagnosticada em três trabalhadores (15,0%). Indivíduos expostos a compostos contendo diisocianatos, tais como os pintores, apresentam uma das maiores incidências de asma ocupacional em países industrializados, variando de 1% a 20% (Bernstein 1996, Karjalainen et al. 2000, Ameille et al. 2003). A avaliação da função pulmonar demonstrou que as médias das variáveis espirométricas dos trabalhadores encontram-se dentro dos limites da normalidade (Tabela 1) e somente um indivíduo apresentou alteração, sendo diagnosticado um distúrbio ventilatório restritivo. Este achado espirométrico é diferente do esperado para os indivíduos portadores de asma ocupacional que, quando apresen-tam alterações funcionais espirométricas, estas são do tipo obstrutivo. Em um estudo com adolescentes aprendizes de pintor automotivo, foi demonstrado obstrução do fuxo aéreo com a queda do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) (Eifan et al. 2005). Parker et al. (1991) observaram que a redução da função pulmonar em trabalhadores de ofcinas de pintura automotiva estava associada ao tempo de trabalho e ao não uso de cabines de pintura. Em outro estudo, a redução da função pulmonar foi observada somente nos pintores automotivos que eram fumantes (Tornling et al. 1990). No presente estudo não foram observadas diferenças signifcativas entre fumantes e não fumantes tanto para a função pulmonar como para a presença de sintomas respiratórios.

Tabela 1. Variáveis de funcáo pulmonar em trabajadores de ofcinas de pintura automotiva da Regiáo do Vale do Rio dos Sinos, RS.

Em relação a outros sintomas associados à exposição a produtos químicos, o mais frequente foi dor de cabeça (70%), seguido de irritação de garganta (30%) e irritação de pele (30%). Feldman et al. (1999) destacam que sintomas não específcos, como dor de cabeça e insônia, podem indicar exposição a substâncias tóxicas e risco aumentado de desenvolver efeitos mais persistentes. No Brasil, as micro e pequenas empresas, entre as quais se encontram a maioria das ofcinas de reparação de veículos automotores, são importantes do ponto de vista de geração de emprego e ocupação de mão de obra, mas raramente têm sido investigadas quanto às condições de saúde e segurança de seus trabalhadores. A escassez de estudos provavelmente relacionase à difculdade de acesso a essas empresas, como acontece com micro e pequenas empresas de uma maneira geral (Binder et al. 2001).

Cabe destacar a importância de estudos com amostras maiores, para que a infuência de variáveis como idade, tempo de exposição e tabagismo possa ser analisada com poder estatístico adequado. Este conhecimento permitirá o desenvolvimento de estratégias públicas na prevenção, orientação e regulamentação mais efetiva desta atividade profssional. Considerando os dados do presente estudo em que 90% dos trabalhadores apresentaram algum sintoma respiratório e que apenas 15% relataram o uso constante de EPI, torna-se evidente a necessidade de capacitação contínua para estes trabalhadores. Neste sentido, o Ministério do Trabalho e Emprego e a legislação em vigor exigem que os empresários forneçam equipamentos de proteção e treinamento para os seus funcionários. Entretanto, apesar de o Serviço Social da Indústria (SESI) oferecer cursos de capacitação para os trabalhadores da indústria de reparação de veículos, um trabalho realizado no Estado de Roraima demonstrou que a grande maioria dos trabalhadores nunca participa de capacitação ou raramente as frequenta (Federação das Indústrias do Estado de Roraima 2007). Estes dados sugerem a necessidade de campanhas de conscientização dos trabalhadores sobre os perigos a que estão expostos e da importância da formação continuada.

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